Resenha - O bobo da rainha.

23 fevereiro 2013



  • Série: Tudor
  • Autor: Philippa Gregory
  • Editora: Record
  • ISBN: 9788501082800
  • Ano: 2009
  • Páginas: 532

Sinopse:

Em um tempo no qual inocentes eram queimados como hereges, trair a coroa era desafiar a morte. Na traiçoeira corte dos Tudor do século XVI, a judia Hannah encontra uma maneira de se refugiar da Inquisição. Enviada como bobo santo pelo ardiloso Robert Dudley para espionar a princesa Mary, ela se vê envolvida na rivalidade entre as herdeiras do trono, que se desenrola em um palco de conflitos e paixões.
Cada um lutará com todas as forças pela coroa, mas Elizabeth não cometerá os mesmos erros que a mãe, Ana Bolena. Em uma corte onde as mentiras são peças de um jogo arriscado, apenas o bobo pode falar sinceramente: nesses tempos perigosos, uma mulher precisa escolher entre ambição e amor.

Resenha:

"Philippa Gregory é a dama do romance histórico"- Kate Mosse, autora de ‘Labirinto’


Tenho que concordar com a autora Kate Mosse,  já estou na leitura do quarto livro da série Tudor, me rendo a essa afirmação, li outros romances históricos mas os dessa autora são os melhores realmente.
O bobo da rainha trata do período em que o reino da Inglaterra era disputado entre Mary e Elizabeth, logo após a morte do rei Eduardo, que ficou pouco tempo no trono devido a morte precoce.
Quem narra essa história, é Hannah, o bobo da rainha que dá nome ao livro, criada desde criança para ser o bobo da corte, mas com um dom especial, ela tem a Visão, prevê o futuro e isso a mantém segura dentro da corte e acaba virando amiga e confidente das duas irmãs, Mary e Elizabeth sendo por elas tratada como espiã uma da outra durante o reinado de Mary.

(...)A coroação da minha senhora, Lady Mary, foi marcada pela primeiro dia de outubro, e toda corte, toda a cidade de Londres, todo o país, passara grande parte do verão se preparando para a celebração que colocaria a filha de Henrique, finalmente, no trono(...)

Mary Tudor, filha de Henrique Vlll e Catarina de Aragão, traumatizada em sua infância pelo abandono de seu  pai, foi uma mulher muito culta, corajosa, apaixonada pelo marido e por seu povo, mas ao mesmo tempo uma fanática religiosa, tornou esse período um dos mais sangrentos da história da Inglaterra devido ao uso dos métodos da Inquisição Espanhola, fez questão de retomar o catolicismo que seu pai tirara quando separou-se de sua mãe, período em que criou a Igreja Anglicana e o protestantismo era a religião oficial até Mary assumir o trono, isso deu-lhe fama de sanguinária, gerando o apelido de Maria Sangrenta(Bloody Mary), por perseguir e mandar exterminar cerca de 300 protestantes impondo sua religião a todo custo em seu país.
Elizabeth, sua meia – irmã, filha de Henrique Vlll e de Ana Bolena, era vista por Mary com inveja principalmente porque seu pai a obrigou a cuidar dela enquanto bebê como se fosse babá ou criada, não a tratando como princesa legítima como era tratada Elizabeth na época. Porém apesar de tudo a amava muito, mas a diferença religiosa, por Elizabeth ser protestante, acabou por desuni-las, e  o fato dela conspirar contra Mary para assumir o trono, tornou-as quase inimigas.

(...)A hostilidade à rainha acentuava-se a cada dia que Elizabeth andava pela corte com a cabeça ereta, e o nariz para cima, toda vez que evitava a estátua de Nossa Senhora na capela, toda vez que abandonava o rosário e, em vez dele, usava um livro de orações em miniatura preso em uma corrente em sua cintura.(...)

Este é um livro que vale muito a pena para se compreender melhor esse período nebuloso da história, em que expor seus conhecimentos e vivenciar sua fé,  já era correr o risco de ser torturado e queimado nas fogueiras da Inquisição.


3 comentários:

  1. Eu gosto muito de romances históricos, apesar que não ando lendo muito depois que conheci os anjos rsrsrs
    é um livro interessante, na verdade toda a série. Uma garota com visão do futuro...realmente a leitura promete.

    bjinhos

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  2. gostei bastante desse livro, gosto de romances historicos, a capa desse livro esta muito bonita!

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  3. Os livros dessa autora são muito bons, bem escritos, usa linguagem fácil e acessível, e é boa contadora de estórias tbm já que os livros são romanceados e baseados nas histórias do rei Henrique VII e suas seis mulheres, já estou lendo o penúltimo da série, breve nova resenha...rsrs

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