Resenha: Moby Dick - Herman Melville - Interpretação e adaptação de Afonso Moreira Jr.

12 abril 2015

Editora: Butterfly
ISBN: 8588477556
Ano: 2006
Páginas: 92

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Sinopse: Na cidade de New Bedford, em Massachusetts, o marinheiro Ismael conhece o arpoador Queequeg e, juntos, partem para a ilha de Nantucket em busca de trabalho no mercado de caça às baleias. Lá, eles embarcaram no baleeiro Pequod para uma viagem de três anos aos mares do sul. Entre eles, tripulantes de diversas nacionalidades: os imediatos Starbuck, Stubb e Flask; os arpoadores Tashtego e Daggoo, além de Acab, o sombrio capitão que ostenta uma enorme cicatriz do rosto ao pescoço e uma perna artificial, feita do osso de cachalote. Obcecado por encontrar a fera responsável por seus ferimentos e que nenhum arpoador jamais conseguiu abater - a temível "Moby Dick" -, o capitão Acab conduz o baleeiro e toda a sua tripulação por uma rota de perigos e incertezas.
Resenha:

Este livro é uma adaptação da obra original e faz parte da Coleção Primeira Leitura da Editora Butterfly.

Como foi com Vinte Mil Léguas Submarinas, também não li este clássico em sua versão original, mas gostei muito do enredo apresentado em ambos os livros.


Em Moby Dick, vamos acompanhar o marinheiro Ismael e seu companheiro Queequeg pelos mares do mundo em busca da baleia que ceifou a perna do comandante Acab. Acab é um homem marcado pela dor e quer vingança, sua intenção é encontrar a baleia e matá-la! Mas será que ele conseguirá?
"Naquele momento, matar a baleia era nosso maior desejo. Parecia que todos os nossos problemas seriam resolvidos com a morte do gigantesco mamífero, que, ao que tudo indicava, era mesmo um monstro assassino, cruel e desalmado."
 Mesmo com a história sendo curta, o leitor sente a tensão do início ao fim. Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Ismael, nós conseguimos visualizar os acontecimentos em primeira mão. Ismael narra sua chegada a New Bedford, como conheceu seu companheiro Queequeg e como foi sua estadia no baleeiro Pequod. Através de seus olhos, vemos a vingança e os sentimentos contraditórios do comandante Acab e chegamos ao fim da jornada satisfatoriamente curta.


A adaptação foi feita de modo breve, pois a leitura é indicada para adolescentes, mesmo assim não deixa de ser uma boa leitura. O livro tem um tamanho menor, com folhas brancas e letras em tamanho confortável para a leitura. Terminei o livro em poucos minutos. A capa é muito bonita e condiz com o enredo apresentado, além de viajar pela história, o autor também nos dá lições sobre amizades e vingança. Um livro muito bem feito que eu recomendo a todas as idades.
"Essa ideia começou a martelar minha mente. Tanto sangue arrancado impunemente, com tanta volúpia, poderia provocar tal reação em Moby Dick? A baleia branca era uma vingadora de sua espécie?"

Avaliação:


Sobre o autor:


Herman Melville foi o terceiro filho de Allan e Maria Gansevoort Melvill (que posteriormente acrescentaria a letra "e" ao sobrenome). Se mudou com a família, em 1830, para Albany, onde freqüentou a Albany Academy. Após a morte de seu pai, em 1832, teve de ajudar a manter a família (então com oito crianças). Assim, trabalhou como bancário, professor e fazendeiro. Em 1839, embarcou como ajudante no navio mercante St. Lawrence, com destino a Liverpool e, em 1841, no baleeiro Acushnet, a bordo do qual percorreu quase todo o Pacífico. Quando a embarcação chegou às ilhas Marquesas, na Polinésia francesa, Melville decidiu abandoná-la para viver junto aos nativos por algumas semanas. Suas aventuras como "visitante-cativo" da tribo de canibais Typee foram registradas no livro Typee, de 1846. Ainda em 1841, Melville embarcou no baleeiro australiano Lucy Ann e acabou se unindo a um motim organizado pelos tripulantes insatisfeitos pela falta de pagamento. O resultado foi que Melville foi preso em uma cadeia no Tahiti, da qual fugiu pouco depois. Todos esses acontecimentos, apesar de ocuparem menos de um mês, são descritos em seu segundo livro Omoo, de 1847. No final de 1841, embarcou como arpoador no Charles & Henry, em sua última viagem em baleeiros, e retornou a Boston como marinheiro, em 1844, a bordo da fragata United States. Seus dois primeiros livros lhe renderam muito sucesso de crítica e público e certo conforto financeiro.
Em 4 de agosto de 1847, Melville se casou com Elizabeth Shaw e, em 1849, lançou seu terceiro livro, Mardi. Da mesma forma que os outros livros, Mardi se inicia como uma aventura polinésia, no entanto, se desenvolve de modo mais introspectivo, o que desagradou o público já cativo. Dessa forma, Melville retomou à antiga fórmula literária, lançando duas novas aventuras: Redburn (1849) e White-Jacket (1850). Em seus novos livros já era possível reconhecer o tom visivelmente mais melancólico que adotaria a seguir. Em 1850, Melville e Elizabeth se mudaram para Arrowhead, uma fazenda em Pittsfield, Massachusetts (atualmente um museu), onde Melville conheceu Nathaniel Hawthorne, a quem dedicou Moby Dick, publicado em Londres, em 1851. O fracasso de vendas de Moby Dick e de Pierre, de 1852, fez com que seu editor recusasse seu manuscrito, hoje perdido, The Isle of the Cross.
Herman Melville morreu em 28 de setembro de 1891, aos 72 anos, em Nova York, em total obscuridade. O obituário do jornal The New York Times registrava o nome de "Henry Melville". Depois de trinta anos guardado numa lata, Billy Budd, romance inédito na época da morte de Melville foi publicado em 1924 e posteriormente adaptado para ópera, por Benjamin Britten, e para o teatro e o cinema, por Peter Ustinov.



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9 comentários:

  1. Oi Ana
    Pra mim é uma vergonha NUNCA te lido Moby Dick! Eu volta e meia vejo blogs/canais falando sobre e sempre fico curioso. Amei a sua resenha e to mais instigado pra comprar!
    Abraços :)
    www.chamandoumleitor.blogspot.com.br

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  2. Oi, Ana.
    Que pequenininho. Dá para ler rapidinho.
    Eu nunca li nada que envolvesse Moby Dick.
    Confesso que não gostei da capa como você não, mas quero ler a obra. Que bom que ele pensou num público mais jovem e reduziu o número de páginas. Acho que chama mais a atenção de quem não gosta de ler. rs

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  3. apesar de nunca ter lido o livro já ouvi varias vezes o nome dessa baleia, a moby dick, uma vez foi no desenho do pica-pau e outro em os simpsons.

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  4. Oi Ana...
    Não conhecia o livro, e parece ser uma boa história.
    Gostei da premissa. Pena que não foi tudo aqui pra você.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  5. Conheço demais a história de Moby Dick, mesmo não tendo lido o livro ainda, infelizmente.
    Tenho muita vontade de ler a obra, mas talvez a obra completa (que é bem grandinha), não a adaptação.
    Beijos!

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  6. Olá, o que conheço da história são as adaptações em filme, nunca li a história completa, nem nada! Tenho muita vontade de ler, muitos blogueiros falam super bem!!
    Abraços
    www.estantedepapel.com

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  7. Sobre sua unha: quero esse esmalte UHASUHAS
    Sabe, to ficando confusa com esses livrinhos, não é a história original né?
    Enfim, a única coisa que eu sei de moby dick é um episódio do Pica Pau kkkk

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  8. Nunca li esse clássico, mas sempre tive vontade. Não conhecia esse projeto de adaptar textos clássicos para os mais jovens. Enfim, se a essência continua a mesma, e deixa bem caro que não é o texto na íntegra, acho que vale a pena dar uma conferida.

    @_Dom_Dom

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  9. É simplesmente espetacular. Moby Dick é épica, uma história que ilustra grandes cenas, preocupações filosóficas e dualidade que encontra-se em todas as criaturas. A história da grande baleia branca, é um magnífico dramatização do espírito humano em um cenário de natureza primitiva. Actualmente encontro-me ler este clássico, tomar algumas páginas e ele realmente está me cativar. Eu só vi o filme No Coração do Mar do Ron Howard é, e é um espetáculo visual bastante interessante que recebe cenas específicas com força suficiente. Uma grande história, grandes performances, grandes efeitos especiais e cenas de ação enérgicos, mas talvez o script é um pouco dispersos querendo cobrir muitos tópicos, a mensagem final não deixa de ser claro e não consegue mover como deveria.

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