Resenha: Um perfeito Cavalheiro - Julia Quinn.

13 maio 2015

Edição: 1
Editora: Arqueiro
Autor: Julia Quinn
Titulo original: An offer  from a gentleman
ISBN: 9788580412383
Ano: 2014
Páginas: 304
Tradutor: Cássia Zanon

Sinopse:
Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhce o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas.


Como eu disse nas outras resenhas, e frisando novamente, essa serie não precisa ler em sequência, os livros são independentes, apesar de interligados e de diversos personagens "visitarem" o livros dos outros. Outra coisa, eles não são escritos em ordem cronológica, simplesmente por causa da época e da idade adequada para o casamento estipulada. Então, você pode estar lendo um dos livros e talvez ser mencionado algum fato que você ainda não leu. Não se preocupe.
A sequência de publicação é "O Duque e Eu" (Daphne), "O Visconde que me Amava" (Anthony) e "Um perfeito Cavalheiro" (Benedict). Para ler as resenhas já publicadas é só clicar nos nomes.

Resenha:

Como não amar Júlia Quinn?? Alguém me explica? Porque não ta fácil, estou completamente apaixonada por essa autora e sua obra.

Como eu falei nas outras resenhas, é impossível resistir a escrita simples e leve da Júlia Quinn, é simplesmente viciante, quando o leitor se da conta, já passou da metade do livro e nem percebeu.

Em “ Um Perfeito Cavalheiro” vamos nos aprofundar mais na historia do Bridgerton de numero dois, o “B” do alfabeto da família, Benedict.

Este livro é uma espécie de releitura da historia da Cinderela, e gira em torno de Sophie, uma filha bastarda de um conde que nunca reconhecida legalmente por ele, e após a morte do pai, foi praticamente escravizada pela madrasta e suas duas filhas.

O sonho de Sophie é, e sempre foi, fazer parte, tanto de uma família quanto da sociedade Londrina, mas isso é apenas um sonho para alguém como ela. Mas certo dia, chega residência da família um convite para o baile de mascaras anual dos Bridgerton, uma das mais influentes famílias da redondeza.
Além de criada, Sophie também é a camareira das três mulheres, e a madrasta desempenha com esmero o papel de malvada, assim como a madrasta da Cinderela, humilhando e explorando a pobre coitada, e sempre lembrando à ela qual é o seu lugar.

Mas, quando o dia do esperado baile chega, Sophie tem uma surpresa. As outras criadas da casa, sensibilizadas pelo drama pessoal da pobre garota, armam um plano para que ela desfrute pelo menos de algumas horas de anonimato que só aquele baile proporciona, e realize seu sonho de fazer parte, de ser incluída e não menosprezada por ser apenas uma criada. Para tanto, elas a vestem com um vestido antigo e lindo e uma meia mascara que cobre praticamente todo o rosto de Sophie, ocultando sua identidade.
Quando chega a residência Bridgerton e garota fica deslumbrada com tanto luxo e a esplendida  magnificência do lugar e das pessoas, e assim que entra é interceptada  por um misterioso,lindo e elegante cavalheiro, que  logo ela acaba descobrindo se tratar do anfitrião, Benedict Bridgerton. Mas o momento de magia dura pouco e assim que o relógio marca meia- noite, ela é obrigada a abandonar a festa e seu perfeito cavalheiro.
"...Nesse momento, viu uma mulher que devia ser a mais espetacular de todas em que já pousara os olhos.
Ele não saberia nem dizer se ela era bonita. Os cabelos eram de um louro escuro bastante comum e, com a máscara presa em torno da cabeça, não era possível ver nem sequer metade do seu rosto Mas havia algo naquela mulher que o deixou hipnotizado. Era o sorriso dela, o formato dos olhos, a forma como se portava e olhava ao redor do salão de baile como se nunca tivesse visto nada mais glorioso do que os tolos membros da sociedade vestindo fantasias ridículas.
A beleza dela vinha de dentro.
Ela brilhava. Cintilava."
Mas, o escape de Sophie não passa despercebido, sua madrasta acaba descobrindo e colocando a podre garota pra fora de casa.
Anos se passam e Sophie já não é mais da mesma sonhadora, depois de tudo que precisou passar para sobreviver nas ruas de Londres. Agora ela trabalha na casa de uma família distinta, mas precisa enfrentar as investidas do filho dos patrões. O que a consola é a lembrança da única noite em que pode realmente aproveitar e brilhar, mas sua maior lembrança é de Benedict, o cavalheiro com quem dançou, sorriu e o mais importante, com quem deu seu primeiro e único beijo, mas que não sabe nem o seu nome. Detalhe que não tem a mínima importância, já que ele nunca poderia se relacionar com alguém como ela.

Só que o destino tem outros planos para o inusitado casal. Certo dia, Benedict salva Sophie de ser atacada e estuprada , levando a garota para sua casa prometendo um novo emprego na residência da mãe. Mas para o espanto de Sophie, que desejou por tantos anos reencontrar seu cavalheiro, Benedict não a reconhece nos trajes de criada que ela usa diariamente. Só que a atração que os aproximou pela primeira vez acaba os aproximando novamente, de forma ainda mais intensa. Mas, um romance entre eles é algo socialmente inaceitável, restando a única opção viável para que fiquem juntos: Sophie se tornar amante de Benedict.  Só que a idéia de conceber uma criança da mesma forma que ela própria veio ao mundo, um bastardo, sem reconhecimento legal e um párea perante a sociedade, não é uma opção para Sophie.
"Sophie não tinha ilusão quanto ao seu lugar na sociedade de Londres. Ela era uma camareira. Uma criada. E a única coisa que a separava das outras camareiras e dos demais criados era que ela experimentara o luxo quando criança. Fora educada com carinho, ainda que sem amor, e a experiência moldara seus ideais e valores. Agora, ela ficaria eternamente presa entre dois mundos, sem lugar definido em nenhum deles."
Ai gente, como eu falei lá em cima, estou “in Love” nos últimos dias por Júlia Quinn e a família numerosa que ela criou. Acho que todos os livros são encantadores, envolvente e extremamente românticos.   E como vocês podem perceber nas outra resenhas que o final é previsível, é obvio que tem um “Happy end”, mas quem não gosta? Quem espera outra coisa?

Sobre  “Um perfeito Cavalheiro”, nem sei bem o que dizer, é mágico, simples assim. É uma releitura da Cinderela mais com uma pitada de sensualidade, deixando a historia mais destinada ao publico adulto.
Bem, eu sou suspeita para falar, ainda sou completamente apaixonada pelo Anthony, o Bridgerton mais velho e que foi protagonista do livro anterior, mas Benedict não deixa a desejar, pelo contrario. Júlia Quinn foi a autora mais feliz na criação dos personagens de sua saga,  os que o leitor ama, ama profundamente e sofre junto , já os que odeia, tem raiva mortal e odeia até o fim. Essas personalidades carismáticas dos Bridgertons e a desprezível dos “vilões”, são o que tornam a leitura, do inicio ao fim, algo extremamente prazeroso.

A trama em si não é somente aquele romance açucarado, a autora introduziu uma dose significante de sensualidade em todos os livros, de uma forma tão magnifica e com tamanha maestria, que apesar das cenas não serem explicita e brutas, superam muitos livros e autores  que se dizem eróticos, mas que apelam para linguajar chulo na tentativa de passar essa mesma sensualidade que Júlia Quinn nos trás de forma simples e envolvente.

Bem, o título do livro é a única coisa que não faz muito sentido, ao meu ver. Se inicialmente Benedict é um perfeito cavalheiro, ao longo da trama podemos perceber que ele é um personagem real,  repleto de imperfeições, medos e anseios, e não o príncipe encantado que Sophie imagina assim que o conhece. E é exatamente por isso que ele se torna totalmente humanizado.
Neste volume também vamos conhecer a progenitora desta imensa família. Violet, a mamãe Bridgerton , tem participação ativa, e por isso vamos poder conhecer um pouco mais sobre ela.

Enfim, nem preciso dizer que amei a leitura né?  O fantástico de ler livros publicados pela editora Arqueiro é que sempre vamos ter a junção de boa historia com um livro físico de ótima qualidade, exatamente como é o caso deste, com uma diagramação simples e sem erros aparentes de revisão. A capa é a mesma do volume americano, sem alterações.

Sobre o autor:


Julia Quinn começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a faculdade e nunca mais parou de escrever. Seus livros já atingiram a marca de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo 3,5 milhões da serie Os Bridgertons.É formada pelas universidades Harvard e Radcliffe. Seus livros já entraram na lista de mais vendidos do The new york times e foram traduzidos para 26 idiomas.Foi a autora mais jovem a entrar para o Romance Writers of Americ's Hall of Fame, a Galeria da Fama dos Escritores Românticos dos Estados Unidos, e atualmente mora com a família no Noroeste Pacifico.

6 comentários:

  1. Olá, Geeh. Eu não amo a autora. Mas talvez seja porque eu nunca li nada dela. rs
    Não sou muito fã de romances, mas para os de época eu abro exceção, sempre. E esse parece ser top de linha no gênero. Principalmente porque o mocinho não é idealizado, mas sim um homem com anseios e medos. Isso me agrada demais.
    Excelente dica!

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    1. Nenhum dos personagens da Julia Quinn são idealizados. Os caras todos tem seus defeitos, as vezes bem graves, e as meninas são solteironas, ou que não se encaixam naquela epoca e naquelas malditas regras da sociedade. Isso que torna as historias tão agradaveis.

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  3. Oi, Geeh!
    Com essa resenha fiquei com muita vontade de ler algo da Julia Quinn agora, por sua escrita ser viciante. Amei o fato desse livro da série ser tipo uma releitura de Cinderela e também as cenas eróticas não serem forçadas.
    Excelente resenha! Bjs <3

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  4. eu amo os livros da Julia Quinn e Os Bridgertons é minha serie favorita, ja li toda a serie e os livros que mais me encantaram foram a caminho do altar e um perfeito cavalheiro adorei a historia do Benedict e da Sophie que é linda e digna de contos de fada.

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  5. Oi Geeh!
    Até hoje não li um livro da Quinn e morro com isso porque eu queria muito ler. Eu acho um pouco batida já essa coisa de se basear na história da Cinderela mas a autora pelo jeito conseguiu fazer uma boa história.

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