Resenha: O manual da Garota Geek - Sam Maggs

07 agosto 2015

Edição: 1
Editora: Gente
ISBN: 9788545200277
Ano: 2015
Páginas: 192
Autor: Sam Maggs
Titulo original: The Fangirl’s guide to the Galaxy
Tradutor: Guilherme Kroll

Sinopse:
Fica a dica, mundo: nada é mais legal do que ser uma garota geek O manual da garota geek é o guia especial de tudo aquilo que nos faz incrível: nossas paixões. Embora o restante da humanidade acredite que as geeks são pessoas muito estranhas, a verdade é que apenas amamos e nos envolvemos demais com as melhores coisas da vida. Não importa o que você ame – quadrinhos, seriados de ficção científica, literatura juvenil –, se acabou de chegar ou se adora há anos, para ser uma garota geek o importante é amar com intensidade. Desde aprender a iniciar um blog legal sobre seus hobbies, planejar o próximo cosplay, organizar um evento geek ou simplesmente entender que tipo de nerd você é, este livro está aqui para ajudá-la. Encontre aqui tudo o que você precisa para que sua nerdice seja longa e próspera!


Resenha:

E viva o orgulho Geek/Nerd!! A editora Única tem o dom de nos presentear. E sim, eu me considero um pouquinho Geek.
Quando a editora anunciou o lançamento de O Manual da Garota Geek eu logo fiquei suuper empolgada, afinal, já tinha lido o livro do Eric Smith, Geek Love, que é direcionado ao publico Geek masculino,e  ter um escrito especialmente para nos, meninas, foi incrível.

Bem, ao contrario do livro do Eric Smith, que fala sobre como deve proceder para entrar, sair ou superar um relacionamento, Garota Geek tem uma pegada mais realista e profunda, pois não fala sobre as dificuldades de um geek mas sim sobre o orgulho de seu um. Sem contar que aborda questões bastante polemicas, como o movimento feminista e quais são os seus reis idéias.
“ Trolls no cavalo branco podem as vezes virar trolls bonzinhos, que acreditam que mulheres são como maquinas de refrigerante, nas quais você deposita Educação e então sexo cai. Eles estão errados.”
A autora também aborda a questão do machismo e do patriarcado. As meninas aqui gostam de quadrinhos ou vídeo game devem se identificar bastante, afinal, acho que todas nos já fomos descriminadas ou até mesmo hostilizadas por garotos em alguma discussão sobre isso. A autora expõe quais são as dificuldades que as meninas encontram ao adentrarem neste universo nerd/geek, simplesmente por serem do sexo feminino. Mas ela também ensina como lidar e ignorar esses trolls de forma bastante divertida, e para isso ela expõe situações em que já esteve e como saiu delas, as vezes de forma bastante épica e eficiente. Ela também nos ajuda a classifica-los para melhor identificar o plano de ação.
Também vamos ter um capitulo especial sobre amigos online, seja como conhecer eles ou fazer novos. Afinal fóruns na internet é o maior ponto de encontro dos nerds, seja eles do sexo masculino ou feminino.
“ Seguinte: eu sou muito mais legal na internet. Quando ninguém precisa ver minha cara, posso escrever e reescrever sentenças quantas vezes quiser.”
Existe muitos outros assuntos abordados nos livros, alguns que eu nunca tinha parado para pensar, como o quanto a maioria das HQ’s são machistas, e como as heroínas são sexualizadas e idealizadas para agradar o universo masculino, sabe, peitões cintura fina, tudo em um maiô cavado finalizado por salto alto.
Também temos dicas sobre fanfics, convenções, lojas e sites de entretenimento. A autor também incluiu diversas entrevistas com mulher super influentes no mundo geek/nerd, como escritoras e roteiristas super famosas, que nos revelam como ser Geek as ajudou a ser quem são hoje em dia.
“os quadrinhos de super-heróis geralmente sexualizam personagens femininas e retratam personagens masculinos como uma bomba de testosterona, e ambas as coisas são fantasias masculinas . As mulheres são as fantasias sexuais masculinas ; os homens são fantasias do poder masculino. Você jpa viu um pescoço musculoso com uma veia pulando de um desenho Liefeldiano  do Capitão America  e pensou “ oh yeah, eu quero dormir de conchinha  com esse cara”? Provavelmente não. Por que essa imagem é para os caras verem e pensarem “yeah, eu queria ser desse jeito!! Grr!! Músculos! Poder! Roar!”

Sobre o autor:

 Sam Maggs é escritora e produtora de TV. Apesar de seu mestrado em literatura Vitoriana, escreve sobre cultura Geek e como se relaciona com o fato de ser uma garota. Nomeada  "Awesome Geek Feminist of 2013" ( Geek Feminina impressionante de 2013), Sam é uma das editoras da The Mary Sue e faz aparições  constantes na MTV, falando sobre cultura pop.

3 comentários:

  1. Achei bem interessante a premissa do livro, principalmente porque trata também de um assunto que se tem discutido bastante ultimamente: o objetivação do corpo feminino na construção de heroínas. Acho isso inadmissível em uma sociedade dita como moderna.
    Não sou mulher e o livro não é voltado para mim, mas bato palmas para a problematização trazida pela autora.

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  2. nao sou uma geek mas leria esse livro usahuashas adoro temas assim, msm na maioria das vzs que eu nao entendo nada ushuas que bom que vc gostou hein!
    tonsdeleitura.blogspot.com

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  3. Geeh!
    Também nunca tinha parado para pensar como esse mundo geek era machista, mas até entendo de certa forma, porque quando surgiu, a maioria era homem mesmo que gostava mais de games, hqs, etc...
    Hoje tudo mudou e tem muita 'menina' geek também... tomara que em breve mude a mente dos escritores e criadores...
    “Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.”(Confúcio)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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