Resenha: 2111 D.C - O Condado dos Expatriados - Ricarte Sales

30 setembro 2015


Edição: 1
Editora: Ler Editorial
ISBN: 9788568925065
Ano: 2015
Páginas: 246
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Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Em dezembro de 2036, um mês após eclodir a Terceira Grande Guerra, uma série de catástrofes, aparentemente naturais, e uma suposta arma química em forma de vírus, dizimou, a nível global, mais de 99,9% da espécie humana.Nos seis meses que se seguiram, o nível do mar subiu cerca de 70 metros, ao passo em que a crosta terrestre tornou-se instável, salvo um conjunto de arquipélagos recém-formado, nas proximidades fronteiriças das antigas nações da Costa Rica e Panamá. Por motivos ainda não conhecidos, essa passou a ser a única área estável do planeta de que se tem notícia.
Nas primeiras duas décadas após o Dezembro de 2036, ou “D36” como ficou conhecido, esta área foi sistematicamente ocupada pelos últimos remanescentes da população humana. A maior parte, resgatada e trazida por expedicionários, dos mais variados rincões dos antigos continentes.
Doze Cidades-Estado emergiram e a zona estável, com as mais de duzentas ilhas que a compunha, foi demarcada e subdividida entre elas. Posteriormente, este número cairia para onze Cidades-Estado.
E é neste instável cenário político, de mares salpicados por ruínas, navegantes exploradores e criminosos expatriados de vida nômade, que o Capitão Cananeu Zus Airã narrará os 111 dias de uma saga que poderá conduzir a zona estável e suas novas e últimas nações, para aquilo que uma profecia “Pós-Apocalipse” alude ser: o Quarto e Último Grande Conflito entre Tribos.



Resenha:

Não é surpresa para ninguém que eu adoro uma boa distopia. Meu marido fala que eu desejo ver o mundo no caos, por isso gosto tanto desse gênero. Eu, claro, descordo. Acho que já vivemos em um caos e pelo menos nos livros, sabemos que um final "feliz" nos espera.


O Condado dos Expatriados é o primeiro volume de uma trilogia que promete muito. Como a sinopse diz, o mundo acabou, 99,9% da população foi dizimada. a natureza agiu. Fez o que prometia a séculos.
Os remanescentes do "D36" criaram novas Cidades-Estado, ao total 11. Cada uma situada em um local diferente, em meio ao mar que agora contem grandes monstros de ferro, as antigas construções que foram destruídas com a enorme onda que varreu a Terra.
É neste contexto que vamos conhecer Zus Airã. Zus é Capitão em sua cidade Estado, Nova Canaã. E nos contará tudo o que precisamos saber para acompanhar essa trilogia que nos leva por lugares inóspitos e cheios de perigo.
"Sabe qual é o grande problema das ideias idiotas? Não?... Existe quatro delas para cada uma boa, e estas quatro são normalmente as primeiras a serem concebidas."
Aparentemente, este volume é mais um guia para conhecermos como funciona cada Cidade-Estado. No decorrer das páginas, a narrativa em primeira pessoa de Zus nos deixa a par dos perigos que esse novo mundo reserva. Todas as Cidades-Estado são citadas e descritas, ao final do livro, temos um mapa das Terras Estáveis e as bandeiras das Nações Estabelecidas.


Gostei muito do enredo, só senti falta de algo mais aprofundado. Zus narra como se tivesse contando uma história, não se passa em tempo real, e por diversas vezes, houve divagação em sua narrativa. Acho que o autor poderia ter usado isso em benefício da história, criando mais laços entre os personagens. Personagens esses que são construídos de forma concisa, Zus, ao meu ver, deixou a desejar como personagem e narrador. Mas isso não deixa a história ruim, você vai rir muito com os pensamentos de Zus e com alguns personagens peculiares que passam por sua vida.
"Uma semana antes, eu era o Capitão Cananeu Zus Airã, filho de Hugo Airã, braço direito do homem mais poderoso do Novo Mundo. Agora, eu era um cão, cujos olhares recebidos eram os mesmos que se destinam a qualquer outro cão: nojo e desdém de uns, curiosidade e fascínio de outros."
Fora esses pontos, no total, o livro me agradou muito e com certeza vou querer conferir os demais volumes. Gostei de como o autor criou a história e as lendas e mitos que ela contém. A capa é linda e condiz perfeitamente com o enredo apresentado. A diagramação é simples, mas bem feita: letras em tamanho confortável para a leitura e páginas amarelas deixam a leitura mais rápida. Não encontrei nenhum erro de revisão. Enfim, um exemplar perfeito, lindo para se ler e ter na estante.


Para quem gosta do gênero, indico sim a leitura. Mas vá com calma, não espere encontrar todas as respostas neste volume. Vamos ter que esperar o próximo para saber como Zus se sairá dessa empreitada.


Avaliação:


Sobre o autor:





Ricarte Sales nasceu em 1979, no Rio Grande do Norte. Mora na cidade do Rio de Janeiro desde 2001. Leitor assíduo e autodidata, com uma paixão especial pelas tramas de Ficção Política, Ricarte deu vida a distopia "2111 D.C. - O Condado dos Expatriados".
O livro de estreia do autor será lançado em breve com o selo Ler Editorial e é o primeiro volume de uma Trilogia.









8 comentários:

  1. Olá, Ana. Eu, particularmente, também amo distopias e acredito fielmente que nosso mundo já encontra-se no caos. Entretanto, confundi-me um pouco com o título deste livro, 2111 D.C - O Condado dos Expatriados - Ricarte Sales?! Mas, algumas dúvidas foram esclarecidas pela resenha, e claro me animei com a leitura de um cenário (quase) totalmente dizimado e atormentado por ações da natureza. Quero agora!

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  2. Distopia não é meu gênero favorito, e esse me deixou confusa e ainda é uma trilogia, não sei se lerei algum dia, quem sabe quando todos forem lançados, mas no momento esse livro não fez mto minha cabeça, embora a capa seja realmente mto bonita!

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  3. Não conhecia esse livro, sua resenha está muito boa, mas no momento não sei se leria o livro, pois estou mais no momento de ler romances, mas adicionei em minha lista de futuras leituras e pretendo ler futuramente.

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  4. Distopia é um dos gêneros que está sempre presente em minhas leituras, e acredito que agora já encontrei qual será o próximo livro para ser lido. Apesar desses pontos negativos, como o personagem ficar a desejar e o enredo não ser muito aprofundado, a história mostra valer a pena.
    Quero lê-lo em breve.
    Abçs Ana!!

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  5. Oiii
    Eu amo distopias,e essa também ja entrou na minha lista de leitura(que por sinal ta enorme).
    Bjs

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  6. Olá, Ana.
    Apesar de não ser um livro perfeito, a obra me chamou bastante a atenção. Principalmente porque, assim como você, adoro distopias.
    Quanto à narração, nesse gênero, prefiro livros em terceira pessoa. Porém, acredito que esse em primeira pessoa também possa funcionar. Além disso, fiquei curioso com os mitos que contém na obra.

    Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de setembro. Serão dois vencedores.

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  7. Oi!
    Também gosto muito de distopia e achei essa muito interessante acho que porque o caos já aconteceu bastante já que restam muitas poucas pessoas e quase sempre os primeiros livros são sempre muito explicativos mas gostei muito dessa serie !!

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  8. Ana!
    gosto muito de distopia também e o livro parece até interessante, porém talvez não seja dos melhores, ainda assim, gostaria de poder conhecer um pouco melhor a história.
    “A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.”(Soren Kierkegaard)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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