Resenha: O Despertar do Príncipe - Colleen Houck

09 outubro 2015



Edição: 1
Editora: Editora Arqueiro
Autor: Colleen Houck
Serie: Os Deuses do Egito.
Titulo Original: Reawakened
ISBN: 9788580414363
Ano: 2015
Páginas: 384
Tradutor: Fernanda Abreu

Sinopse:
Quando a jovem de dezessete anos, Lilliana Young, entra no Museu Metropolitano de Arte certa manhã, durante as férias de primavera, a última coisa que esperava encontrar é um príncipe egípcio ao vivo com poderes divinos, que teria despertado após mil anos de mumificação.E ela realmente não poderia imaginar ser escolhida para ajudá-lo em uma jornada épica que irá levá-los por todo globo para encontrar seus irmãos e completar uma grande cerimônia que salvará a humanidade.Mas o destino tem tomado conta de Lily, e ela, juntamente com seu príncipe sol, Amon, deverá viajar para o Vale dos Reis, despertar seus irmãos e impedir um mal em forma de um deus chamado Seth, de dominar o mundo.
Resenha:

Eu fico na duvida as vezes, o que é mais difícil: fazer resenha de um livro que você não gostou ou de um que você amou!? Pois é, eu acredito que a segunda opção é a mais complicada, pelo menos pra mim, e é por esse motivo que eu demorei tanto para fazer a resenha deste livro. Sinceramente, eu não sei como colocar em palavras tudo que senti quando estava lendo. Qualquer coisa que eu fale não vai ser suficiente ou fazer jus ao quanto esse livro é lindo, maravilho, fantástico e mexeu com os meus sentimentos. Mas, eu vou tentar, prometo ser o mais “profissional” possível, mas não fiquem muito bravos se rolar algum tipo de ataque de “fangirl”.

Liliana Young é uma garota de 17 anos, vinda de uma família extremamente rica, onde as aparências são o mais importante. Ela vive em uma casa repleta de luxo, freqüenta a melhor escola particular da cidade e tem diversas amigas, que são as filhas dos amigos ricos de seus pais, e totalmente fúteis. Ela também é obrigada a sorrir e se apresentar da melhor forma possível em todas as festas enfadonhas que sua mãe a obriga a frequentar. E apesar de todos acharem que sua vida é um conto de fadas, Liliana esta insatisfeita com o caminho que tudo esta tomando, tendo que reprimir seu verdadeiro eu para se encaixar nos padrões de vida que seus pais e a sociedade esperam dela. Nem mesmo a faculdade que vai frequentar é uma opção sua, tudo em sua vida é pré estabelecido para manter as aparências de uma família perfeita.
Mas apesar de seus anseios internos por liberdade, ela gosta de comodidade que um vida regrada lhe proporciona. Ela sempre sabe qual o seu próximo passo, mesmo que não concorde com ele.
"Eu sabia que era covarde, uma covarde privilegiada, fraca e iludida, que preferia ficar sentada na sua linda mansão, no seu quartinho todo perfeito, apaziguando as amigas falsas do colégio particular, o tempo todo se enganando e tentando acreditar que tinha o espírito tão livre quanto às pessoas que desenhava no caderno."
Um dos lugares preferidos de Liliana é o museu da cidade, um lugar repleto de artefatos antigos e historia, mas o que mais a encanta são os diferentes tipos de pessoas que o frequentam e as historias que estão por trás de cada uma das expressões nos rostos daqueles desconhecidos. E como seus pais são um dos principais “bem feitores” do museu, doando milhares de dólares todos anos, Liliana tem acesso livre ao lugar e faz de lá sua segunda casa, passando horas e horas com seu caderno de desenho registrando as emoções humanas.

Certo dia ao ir ao museu para esparecer e fazer seus deveres de casa ela vai parar na sessão egípcia, que esta fechada para inclusão de novos artefatos e por tanto fechada ao publico e totalmente silenciosa. Mas, não tão silenciosa assim, considerando que após alguns instante no lugar Liliana começa a ouvir barulhos na sala adjacente onde estão os novos artefatos. Intrigada, preocupada e com medo ela decide enfrentar o invasor, quando da de cara com um sarcófago aberto e com um homem trajando roupas egípcias antigas parado ao lado, que se apresenta como Amon, um príncipe Egípcio que é a personificação do deus do sol, que desperta a cada mil anos para completar um estranho ritual e salvar o mundo das trevas.
"Não conseguia entender como pudera passar do ódio absoluto - bem, pelo menos o mais perto desse sentimento que eu conseguir chegar - à confiança em um sujeito que era uma múmia antiga, com poderes mágicos e tal, e depois a querer que essa múmia antiga me beijasse, tudo em questão de minutos. Cara, eu estava mesmo...fora de mim."
Aii gente!!! Eu li esse livro muito rápido, um dia e meio para ser mais exata, eu virei a madrugada lendo e só fui dormi quando realmente desmaiei em cima dele, e quando acordei na manhã seguinte, continuei a leitura antes mesmo de escovar os dentes e tomar café. E olha, não estou exagerando, não, podem acreditar. Sem contar é claro que chorei feito bebê no final, que foi totalmente emocionante e perfeitamente maravilhoso, em todos os sentidos.
O que eu mais gostei? Eu realmente não saberia dizer, acho que a resposta correta seria TUDO. Este livro tem a formula perfeita, seja ela qual for. Colleen Houck tem a maravilhosa capacidade de nos transportar para o determinada lugar que descreve com sua escrita fantástica. Então, prepare-se para ser transportado para o antigo Egito em uma visita guiada por ninguém menos do que o Príncipe Amon, a personificação do deus do Sol.

Então, foi impossível não fazer aquela comparação com a serie do Tigre, que por sinal,é uma das minhas favoritas também. Mas, é nítida a evolução na escrita da autora, principalmente na construção da personalidade dos personagens. Eu comecei a ler “O despertar do Principe” já imaginando que provavelmente a protagonista seria outro rabanete, vulgo Kelsey, mas eu não poderia estar mais enganada. Lily é uma personagem forte, determinada e extremamente engraçada e inteligente.Enquanto Kelsey tem sérios problemas de baixa auto estima, Lily sabe qual é o seu lugar e sua capacidade. É fantástico e hilariante ver os momentos inicias de negação dela, quando a idéia de que Amon é uma múmia milenar que despertou para salvar o mundo. Os diálogos engraçados,sarcásticos e ao mesmo tempo extremamente inteligente fazem dela uma das minhas personagens favoritas. Ela realmente se joga na aventura e em nenhum momento nos á vemos choramingando ou duvidando de si mesma, a situação chega e ela enfrenta, do melhor modo possível. E o mesmo acontece com o envolvimento amoroso entre os protagonistas, quando ela decide que Amon é quem ela quer e quem realmente importa, não existe obstáculo que a segure ou impeça de estar ao lado dele.
Já Amon, esse é um figura e tanto. Pensa em alguém atrasado mil anos no tempo e que do nada desperta no meio da barulhenta Nova York.Pois é, é praticamente inimaginável, mas até comer um cachorro quente na barraquinha da esquina se torna um acontecimento épico e garantia de uma boa dose de gargalhadas para o leitor.
“- O sol nos deixa fortes, jovem Lily. Assim como eu estou ligado a ele, você está ligada a mim”.
Toda a trama também é envolta em muita mitologia, afinal tudo começa a milhares de anos atrás, quando a população do antigo parou de venerar os deuses costumeiros e protetores para venerar apenas Seth, que manteve o Egito prospero e produtivo por muito anos. Mas, que viria, mais adiante, se voltar contra a população e se tornar o deus do caos e da guerra, exigindo um sacrifico como oferenda para evitar que o caos caísse sobre povo. Essa sacrifício era nada menos que a vida dos três jovens príncipes, filhos dos três maiores reis do Egito, criados como irmãos desde pequeno, mas concebidos pela vontade de Seth, que como benção tornou as mulheres mais férteis anos antes.  
Um embate acontece e por vontade dos antigos deuses, Anubis torna os príncipes servos deles, destinados a acordar a cada mil anos para evitar que Seth ressurja.

Olha, é claro que não vou contar detalhes e nem nada. Quem sou eu para estragar essa incrível e fantástica surpresa, não é mesmo? Mas só avisa uma coisa: se preparem. Fortes emoções estão por vir.
Este é um livro com poucos personagens, na verdade, e quase todos são protagonistas. Amon e Lily são os principais, mas ao longo, para completar a missão de Amon e salvar o mundo, eles precisam acordar os outros dois príncipes,  Asten e Ahmose, que vão ser de importância vital para o desenvolvimento da trama. Principalmente Asten, o segundo a despertar e o mais engraçado e espirituoso dos três. O humor e o charme dele me lembra muito o do Damon de TVD, mas sem ser malvado.

A respeito da mitologia ao longo da trama, existe um erro cometido pela autora, infelizmente, o que deixou alguns dos entendidos sobre o assunto bastante chateados. Eu, que só sei o básico, não notei o erro ao longo da leitura, só após ouvir sobre é que fui procurar e conferir, e sim existe e é bem grande, na verdade, e se encontra no mito de Geb e Nut. Eu não vou dizer o que é, pois se você, assim como eu, não entende muito sobre isso, vai acabar mais preocupado em descobrir o erro do que em ler e apreciar todo o resto que é incrivelmente fantástico e que se sobrepõe a qualquer deslize cometido pela autora.

Enfim, eu sei que já me estendi horrores por aqui, mas não tem como falar sobre o livro sem ressaltar o que torna a obra ainda mais maravilhosa, que é a diagramação. Editora Arqueiro é fantástico e nos trouxe o livro físico tão lindo quanto a historia, mantendo a capa original, e com um revisão perfeita, sem erros aparentes. Sem contar é claro nas divisões de capítulos que são muito perfeitas. A fonte também é bastante agradável e com o miolo de folhas amareladas.

Olha, eu já li muitos livros esse ano, bem mais de 50, mas se tivesse que escolher o livro do ano, com certeza seria esse!!

"A eternidade é um tempo longo demais para não se ter alguma coisa para lembrar."

Book trailer:


Sobre o autor:


Colleen Houck é antes de tudo uma leitora. Ela adora ação, aventura, ficção científica e romance, e seus livros favoritos incluem um pouco de cada um. Depois de obter um grau de associado da faculdade de Rick e transferir para a Universidade do Arizona, ela abandonou a escola para ir para a missão da igreja onde ela conheceu o marido. Colleen tem vivido no Arizona, Idaho, Utah, Califórnia e Carolina do Norte e agora está definitivamente resolvida em Salem, Oregon, com seu marido e seu gigante tigre branco de pelúcia.

5 comentários:

  1. Olá, Geeh.
    Eu tenho um pé atrás com esse livro. Toda vez que olho para ele eu penso, invariavelmente, em Percy Jackson. Tenho medo de acabar sendo muito parecido, sabe?
    Contudo, diante de tantos elogios, claro que eu darei uma chance para o livro. Ainda mais sabendo que a escrita da autora evoluiu, né?
    Só preocupa também esse erro no mito. Sou muito chato para essas coisas.

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    1. Não tem nada, nem minimamente, parecido com Percy Jackson ou qualquer um dos derivados de PJ..

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  2. Oi!!
    A sinopse me chamou muita atenção, mas lendo sua resenha e vendo o quanto você gostou do livro me deixou muito mais curiosa e com vontade ler. O enredo parece ser muito envolvente com essa pegada mitológica, mas na atualidade. Quero muito ler em breve. Parabéns pela resenha.

    Bjos e sucesso

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  3. Geeh, não posso mais ver resenhas sobre O Despertar do Príncipe, vou ficar paranoico, já que ainda não li o livro. Estou super interessado nesta literatura mitológica egípcia, tema que me agrada bastante. Quero muito conhecer este mundo que encontra-se milhares de anos atrás do nosso, e das possibilidades para deixar o Egito a salvo.

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  4. Gente a cada resenha que leio desse livro meu amor pela historia aumenta, e fico imaginando como ficarei fascinada quando ler ele. Espero que eu goste tanto quanto você, gosto muito de fantasia e aventura então não vejo a hora de viajar pelas terras do Egito e viver todos os desafios e aventuras junto com os personagens...
    bjocas

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