[Novembro Nacional] Resenha: Book Tour Sombras do Medo - Camila Pelegrini

13 novembro 2015




Edição: 1
Editora: Garcia Edizioni
ISBN: 9788565490764
Ano: 2014
Páginas: 197

Compre: Editora Arwen - Pré-Venda

Resenha postada anteriormente no blog Coração de Papel
Sinopse: Em um futuro pós destruição em massa, provocada pelas guerras humanas e desastres naturais - para os quais os humanos também contribuíram grandemente - o mundo é dividido em 5 grandes regiões. Em cada uma delas vivem ordinários e singulares, pessoas com ambições completamente diferentes. Estes dominam o mundo. Aqueles tentam tão somente sobreviver.
E ao viverem dessa forma, a bondade beira à extinção. O caos reina em seu lugar, despertando forças malignas que há muito esperam para serem alimentadas.
A maior guerra de todos os tempos finalmente começa e a humanidade já se encontra em desvantagem.
E em meio a tanto ódio e destruição, será o amor capaz de afastar as Sombras do Medo?

Resenha:

Recebi este livro pelo Book Tour que a autora está organizando. Como sou apaixonada por distopia, aceitei na hora que a Mari me marcou no face. Claro que fiquei ansiosa e cheia de expectativas. Não vou dizer que me arrependi, pois isso não aconteceu, só senti falta de um aprofundamento maior e menos melação entre os personagens, o que, como vocês sabem, me deixa doida de raiva! rsrsrsrsr
"Nos dias que se vivia, o ar era pesado, quente e sufocante. Não se sentia o alívio de uma brisa fresca há tempos."
Sombras do Medo é um livro bem real... na realidade distópica apresentada, o mundo sofre com o calor excessivo, árvores, rios, lagos e mares estão secos. A natureza finalmente cobrou seu preço, já que o ser humano não muda suas atitudes.


Logo no começo do livro, somos apresentados ao mundo em que essas pessoas vivem. Ordinários são aqueles mais pobres, moram em províncias e vivem para trabalhar e para receber a água escassa que a capital os envia. Os singulares são os ricos, vivem na capital, no conforto, com sombra e água fresca literalmente, pois construíram um muro envolta do que sobrou da natureza para viverem.

Conhecemos Anabele, a protagonista principal e ordinária. Anabele é aquele tipo de personagem que te encanta: possui firmeza, determinação, coragem e bondade. É uma das poucas ordinárias que não se lamenta da vida que vive. Ela e sua mãe, Amanda, são bondosas e sempre fazem o que pode pelos outros. Mas nem tudo são flores, uma ameaça nunca antes vivida, promete acabar com o resto da humanidade e somente se as pessoas abrirem seu coração, essa ameaça será contida.

Enquanto lia, pensei muito em como a autora me surpreendeu com sua história. Apesar de ter fantasia no meio, creio que seja um dos livros com a realidade mais próxima do que vivemos... também estamos ficando sem água, o calor é intenso e trabalhamos muito para ganhar pouco. Pequenas palavras que, como um todo, abre nossa mente para o que podemos esperar de um futuro próximo.
"Não se lembrava ao certo de quando o mundo havia sido dividido daquela maneira: ordinários e singulares. Cinco capitais estabelecidas nos pontos vitais do planeta, onde se encontravam as maiores fontes de riqueza natural, por onde passavam os principais cursos fluviais e onde restava a maior quantidade de vegetação e solo fértil. Nessas capitais viviam as pessoas mais poderosas do mundo, uma minoria influente que não sofria os efeitos drásticos da redução da água e da natureza, já que tudo que havia sobrado, localizava-se no quintal de sua casa."
Apesar da protagonista ser uma ótima personagem, me peguei sentindo certo distanciamento da mesma por causa de seu par romântico. Henry é um personagem que se acha muito e ao meu ver, só contribuiu com o enredo mais pro final. Sua relação com Anabele não é das melhores, mas esse sentimento ajudou muito no decorrer das páginas.


Não sou fã de romances melosos, e creio que isso tenha influenciado na minha avaliação do livro. Anabele não podia nem pensar em Henry que estava corando... Corou o livro inteiro para falar a verdade e Henry é o tipo de homem que eu não gosto, modéstia zero.

A narrativa é em terceira pessoa, na maioria, pelo ponto de vista da personagem principal, mas também acompanha outros personagens de igual importância para a trama. Eu adoro essa capa, acho linda demais, como vocês podem ver, a capa nova é em desenho, o que não ficou feio, mas ainda assim, acho diferente.
A diagramação é simples, com capítulos curtos e letras em tamanho confortável para a leitura. Encontrei alguns erros de revisão e algumas palavras repetidas, nada muito crítico, creio que a nova edição pela editora Arwen será melhorada.


Enfim, super indico a leitura deste livro. Mesmo com suas poucas páginas, a autora consegue nos destabilizar e nos deixar mais apreensivos. O toque sutil de amizade e amor é o suficiente para repensarmos nossos atos... O que podemos esperar do futuro? Bem, Camila Pelegrini pode ter escrito algo verdadeiro. Confira você também!
"Anabele sentia-se vazia. Sabia que os humanos haviam destruído a vida na terra, explorando-a insustentavelmente, mas a extensão do dano era muito maior do que poderia imaginar. Eram tão maus a ponto de despertarem criaturas tão horrivelmente malignas? Aparentemente a resposta era sim."

Avaliação:


Sobre a autora:







Com um sonho na cabeça e uma caneta na mão, Camila Pelegrini (21 anos), estudante de direito e professora de inglês, criou um mundo pela primeira vez. A mais nova escritora é de Mogi Guaçu e é uma consumidora assídua de livros, o que chega até a ser um vício (um dos bons é claro). O livro Sombras do Medo é o primeiro publicado e ela já trabalha em suas próximas obras.







4 comentários:

  1. Olá, Ana.
    Esse livro me interessa bastante, mas confesso que esse detalhe do romance pode acabar fazendo eu desanimar um pouco, como aconteceu comigo em The 100.
    De toda forma, a premissa é inteligente e gosto de livros que trabalhem a realidade. Devo dar uma oportunidade.

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  2. Olá!!
    Gosto muito do gênero tenho certeza que ou gostar da historia, e como gosto muito de romance acredito que eu não vá me senti incomodada com a melação do casal espero rsrs
    A capa da primeira edição me agrada mais.
    Bjocas!!

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  3. Ana!
    Ao contrário de você adoro romances e se tem todo esse mistério, uma coisa mais investigativa, fica ainda melhor.
    Gostaria de ler.
    “A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.”(Mario Quintana)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  4. Oi! Realmente é uma realidade muito próxima de nós, na verdade já tem muitas pessoas passando por isso, pela falta de água e trabalhar apenas para sobreviver, Parece ser uma boa distopia, mas quase sempre um romance pode deixar o enredo chato. Não gosto de mocinhos metidos não e nem de mocinhas que tudo cora, rs.

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