Resenha: Vem Comigo - Sable Hunter e Ryan O'leary

23 junho 2016

Edição: 1
Editora: Bezz
ISBN: B00Y700UTU
Autor: Sable Hunter e Ryan O’Leary
Titulo original: Come With me
Ano: 2015
Páginas: 168
Tradutor: Mariana Dias
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Sinopse:
Lacy trabalha planejando eventos em um resort. Seu mais recente e maior projeto é a grande celebração de Quatro de Julho. Fogos de artifício iluminando o céu – vermelho, quente e boom! O único problema é... Lacy nunca teve seus próprios fogos de artifícios. Há algo errado com ela?
Jake é o gerente do campo de golfe no resort. Ele está projetando e supervisionando a construção e vê-lo trabalhando... Deu ideias a Lacy. Rumores de suas proezas sexuais são lendárias. Ele acha que o amor verdadeiro não existe, só há sexo. Até que ele conhece Lacy.
Decifre os fogos de artifício, prepare-se e lance-se com esta quente e nova coleção de histórias. Venha fazer parte do Vermelho. Quente. E Boom!


Resenha:

Quando nos fechamos a parceria com a editora Bezz e a Ana me mandou a foto dos livros que tinham chegado pra nos, eu logo fiquei de olho nesse. O motivo? Nem sei bem porque, afinal, a minha primeira e única experiencia com a Sable Hunter se mostrou bem bizarra, que foi a leitura de “O Calor do Vaqueiro”, já resenhado aqui no blog e que no fim, deixou a desejar em todos os sentidos possíveis.  Mas, “Vem comigo” se mostrou bem mais proveitoso, podem acreditar, talvez por influencia de Ryan O’Leary... mas enfim, foi uma leitura bem divertida, por assim dizer.

Ao iniciar a leitura somos apresentados a Lacy, uma mulher de vinte e poucos anos que acaba de passar por uma experiencia bastante traumática. Ela estava noiva de Stephen, seu amigo de infância e o genro que seus pais sempre sonharam. O tempo foi passando e desde de muito nova ela foi induzida pela família a acreditar que Stephen era a sua alma gêmea. Eles chegaram ao casamento, principalmente por comodidade e temendo decepcionar ambas as famílias.  Mas, a vida a dois do casal não era o que Lacy esperava. O sexo ruim, a falta de interesse de um pelo outro... Tudo isso acabaram fazendo Lacy questionar Stephen sobre o motivo de se levar adiante um relacionamento em ruína. Ele, da forma mais machista possível, diz que a culpa do sexo ruim é dela, que ela é frigida e é por esse motivo que nunca chegou a ter  um orgasmo. Que apesar de ele sentir tesão por ela, a falta de iniciativa de Lacy faz com que tudo seja uma tortura para ele.
É claro que isso acaba com a autoestima da garota, e também com o casamento iminente.
“Lacy escutava enquanto elas conversavam. Ela não era virgem, mas poderia muito bem ser. Seus encontros sexuais com Stephen eram mornos, insatisfatórios , e ela podia contar nos dedos, e ainda ficariam sobrando alguns.”
Com o intuito de fugir de tudo isso, Lacy se muda para outra cidade e começa em novo emprego.
O resort Willow Cove, com os seus imponentes campos de golfe, assim como as festas badaladíssimas para os convidados ricos contratam Lacy para planejar os eventos do lugar, e o melhor de tudo: ainda dá acomodações para que ela viva no loca. É claro que isso não é uma coisa boa para ela, já que acaba passando 24hs no trabalho e se envolvendo muito mais do que o necessária e o saudável para ela, que passa a ter uma vida social inexistente.

O pior de tudo é que após a conversa com Stephen, Lacy morre de medo de se relacionar com qualquer homem, o que é totalmente contrario ao que ela precisa, afinal para ter experiencia no sexo, ela precisa pratica-lo. E mesmo convivendo com diversos homens, ela morre de medo de sair com qualquer um deles e acabar frustrada novamente.

É também no Resort que ela conhece Jake, o engenheiro do lugar, quem projeta os campos de golfe, e que também é dono de uma beleza e de um corpo escultural que deixa todas as funcionarias e hospedes do lugar babando por ele.
Mas Jake é um homem reservado, apesar de correrem boatos de que ele é um deus do sexo,e que todas as mulheres que transaram com ele foram ao céu e sempre querem uma segunda vez.

A partir daí Lacy estipula uma meta para sí própria: transar com Jake! Se ela não tiver um orgasmo com ele, que já teve suas façanhas sexuais provadas e aprovadas por outras funcionarias do resort,  o problema definitivamente deve ser com ela, e então, Stephen estava certo, Lacy realmente deve ser frigida. Mas o problema é que Jake parece nem notar a sua existência, quanto mais se sentir atraído sexualmente por ela.
“Olhando para ela, ele percebeu que ela era doce, quase inocente, com as bochechas rosadas. A visão fez o coração de Jake aquecer. Ela era tão linda. Claro, que ele já a tinha observado. Eles trabalhavam  no mesmo local. Mas como ele não tinha notado aquela linda mulher debaixo de seu nariz?”
Então gente, eu nem sei bem o que escrever sobre esse livro, afinal o que eu posso dizer que já não ficou claro? Clichê? Com certeza!! Previsível? Sim senhor!! Bem, é um livro para quem gosta do gênero, afinal, trás só mais do mesmo, uma menina insegura e um homem bom de cama que vai fazer ela se descobrir através do sexo.

Mas, em contra ponto, os autores criaram uma bagagem emocionais para ambos os personagens, o que torna a leitura um pouco mais instigante.

Jake é o tipico macho alfa, dominador e controlador, como a maioria dos mocinhos de romance erótico. Mas, ele tem um passado, algo que o atormenta e que faz com ele seja o que é. Um passado sombrio que o “moldou” no homem que se mostra atualmente. E é também esse mesmo passado que o prende em Willow Cove.

Já Lacy, essa sim é o personagem instigante, tudo por conta de sua ambiguidade. Ela é a sonsa, com baixo auto estima e com síndrome de inferioridade. Mas, ao mesmo tempo em que ela irrita por essas característica, também conquista a maioria dos leitores pela situação que fez com que ela mudasse. Afinal,  duvidas e medos sobre sexo e seu desempenho é algo que assombra a todos, ainda mais na primeira vez. Os medos e anseios de Lacy são bastante reais, o que a torna próxima do leitor.

Mas também temos pontos negativos que tiram a obra desse patamar agradável, como os diálogos fracos e repetitivos. Perdi as contas de quantas vezes Lacy descreve a sua calcinha “encharcada” quando vê Jake ou quando ouve suas amigas relatando as aventura sexuais. É irritante e desnecessário ao extremo. 70% dos diálogos se resume a isso, nada de uma conversa inteligente, quando Lacy não esta falando de sexo com as amigas ela esta conversando com Jake, e nesses momentos parece que ela não usa nem metade do cérebro.

Já as cenas de sexo, propriamente ditas, são legais, por assim dizer. Os autores são bastante descritivos neste quesito, mas também são bastante vulgares, usando um vocabulário chulo e apelativo. Mas, essas cenas são bem poucas, então, não é realmente um problema.

Sobre o exemplar físico, ele é bastante elaborado, com uma diagramação bem rebuscada, cheia de detalhes, a capa também é bonita e extremamente sexy, e o melhor de tudo  é que condiz com a trama. Já a tradução deixa a desejar, com diversos erros,  alguns extremamente gritantes.
O livro é sexy, romântico e também bastante clichê. É uma leitura agradável , e que apesar dos pesares, é leve e rápida. Eu recomendo que seja lido de mente aberta, assim não vai haver decepções.

Este não é um livro único, apesar de a historia de Jake e Lacy começar e terminar neste volume. O próximo, intitulado “Rosto Bonito”, vai ser focado em uma das amigas de Lacy que é personagem secundário em “Vem Comigo”.

Sobre os autores:



Sable escreve romances picantes. Ela vive em Nova Orleans. Ela acredita que seu objetivo como escritora é fazer com que seus leitores rir com alegria, chorar em simpatia e abanar-se quando leem as partes quentes - ha!
Os mundos que ela cria em seus livros são aquelas onde o direito prevalece, o amor vence tudo e esperando por um herói não é um sonho impossível.













Raramente você vai encontrar Ryan O'Leary em estado de repouso; se ele não estiver no gelo ou chutando uma bola de futebol, está tramando sua próxima história ou saindo da cidade com os amigos. Diversão e natureza sedutora torna possível para ele escrever o tipo de romance que faz o leitor dar tantos sorrisos.

8 comentários:

  1. Olá, Geeh.
    Não iria gostar muito dessa obra não. Sinceramente, não curto essas obras previsíveis. E isso de macho alfa em livro hot é tão clichê. Acredito, como você mesma mencionou, que o livro pode e deve agradar quem é fã do gênero. Contudo, não é o meu caso.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de junho. Serão quatro livros e dois vencedores!

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  2. Oi, Geeh. Tudo bem?
    Preciso ser sincera e confessar que esta obra eu não leria. Ainda leio poucas obras deste gênero e desta forma ainda estou me adaptando, e saber que a maior parte da história é focada no sexo, muito me desanima. Por outro lado, amei ler sua resenha.
    Bjs!

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  3. Olá.
    Bom, apesar de gostar de livros mais picantes, a parte "clichê" e "previsível" tirou meu interesse pela obra.
    Gosto de livros bem elaborados e que me surpreendam. Odeio quando começo a ler um livro e logo desvendo o final. Perde a graça. Saber que os diálogos são repetitivos também me desagrada.
    Não seria um livro que eu leria.

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  4. Não me conquistou esse livro, não gosto desses homens machistas e que se acham rsrs. Não gostei do ex da Lacy, que acha que o problema do sexo é dela e porque não pode ser dele.

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  5. Oi..
    Infelizmente ou felizmente lendo sua resenha percebe que esse livro não é para mim, achei tudo muito fraco, e clichê que um jeito negativo, essas proezas das amigas dela, totalmente sem sentido e acaba deixando a leitura fraca.
    Bom Dia.

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  6. Infelizmente eu não curti muito este gênero literario, parece que o livro é bem cliche, não curti muito o enredo, apesar de confessar que tem umas partes que parece ser interessantes no livro.

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  7. Olá.
    Esse é um dos livros que mais uma vez deixo passar. A história pode ser muito interessante, mas para os fãs do gênero. O enredo não me atrai. Obrigada por sua resenha. Abraços.

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  8. olha eu não tenho problema com conteúdo hot, mas sendo totalmente clichê ai complica... mesmo a "bagagem emocional" não me animou muito... o pro não é o dialogo serem vulgares, mas ser só isso...
    deixar passar

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