Resenha: A Guerra dos Mundos - H. G. Wells

11 outubro 2016


Edição: 1
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788556510099
Ano: 2016
Páginas: 296
Tradutor: Braulio Tavares

Compre: Amazon / Saraiva / Fnac

Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Eles vieram do espaço. Eles vieram de Marte. Com tripés biomecânicos gigantes, querem conquistar a Terra e manter os humanos como escravos. Nenhuma tecnologia terrestre parece ser capaz de conter a expansão do terror pelo planeta. É o começo da guerra mais importante da história. Como a humanidade poderá resistir à investida de um potencial bélico tão superior?
Publicado pela primeira vez em 1898, A guerra dos mundos aterrorizou e divertiu muitas gerações de leitores. Esta edição especial contém as ilustrações originais criadas em 1906 por Henrique Alvim Corrêa, brasileiro radicado na Bélgica. Conta também com um prefácio escrito por Braulio Tavares, uma introdução de Brian Aldiss, membro da H. G. Wells Society, e uma entrevista com H. G. Wells e o famoso cineasta Orson Welles responsável pelo sucesso radiofônico de A guerra dos mundos em 1938 , que fazem desta a edição definitiva para fãs de Wells.



A resenha de hoje é especial, não pela edição desse volume que está belíssima e que vou comentar mais para frente, mas pelo clássico maravilhoso que tenho em mãos.
A Guerra dos Mundos foi publicada pela primeira vez em 1898 e, em uma época onde a ficção científica não era explorada, H.G. Wells fez com que os leitores imaginassem Londres sendo atacada por marcianos. Muito diferente do filme estadunidense que carrega o nome da obra, A Guerra dos mundos é um clássico que encantou gerações e, como li em algum lugar, o avô dos livros sobre invasões extraterrestres.
"Acho que todos esperavam ver surgir u homem - talvez algo um pouco diferente de nós, terráqueos, mas essencialmente um homem. Pelo menos eu esperava. Mas, enquanto eu olhava, vi algo se mexer entre as sombras: movimentos ondulantes e acinzentados, um acima do outro, e depois dois discos luminosos - como olhos. Então algo semelhante a ma pequena cobra cinzenta, da espessura de uma bengala, desenrolou-se da massa retorcida e estendeu-se em minha direção - seguida de outra."
Logo no início do livro, temos um prefácio belamente detalhado, escrito por Braulio Tavares e, em sequencia, a introdução de Brian Aldiss nos leva para alguns dos caminhos que desbravaremos durante a leitura. O livro ainda conta com ilustrações originais criadas em 1906 e, ao final do livro, uma entrevista com Wells sobre o filme radiofônico lançado em 1938.
 Confesso que nunca li o livro, mas o filme estadunidense, bem, eu era fã. A ideia de Wells foi tão incrível que, se fosse no tempo atual, creio que A Guerra dos Mundos seria uma série de livros com muito mais ação e acontecimentos. Bem diferente do longa, A Guerra dos Mundos é um relato de um sobrevivente da invasão marciana à Terra. Um personagem, homem, que não chegamos a saber o nome, nos conta como aconteceu a invasão sobre seu ponto de vista.
"E a Coisa que então vi! Como descrevê-la? Um trípode monstruoso, mais alto do que muitas casas, alçando-se sobre os jovens pinheiros e esmagando-os em seu percurso; uma máquina ambulante de metal reluzente, avançando a largas passadas pela urze; cordas articuladas de aço pendiam das laterais, e o barulho estridente de sua passagem misturava-se ao estrondo da tempestade."
O tal personagem, narra detalhadamente tudo pelo que passou até a invasão ser finalizada. Acompanhamos o seu desespero e medo de um futuro que já não era tão certo. Conhecemos outros personagens que por alguns capítulos, o acompanham em sua jornada. Através do seu conhecimento, ele nos explica como os marcianos se alimentam, descreve as máquinas trípodes que lançam raios de fogo em tudo e todos que cruzam seu caminho.
Por ser um clássico, comecei a leitura com cautela, pois a maioria dos livros escritos antigamente possuem o linguajar um pouco diferenciado, mais rebuscada. Mas nessa edição, a tradução foi refeita e a leitura fluiu normalmente. E o que dizer dessa edição perfeita? Capa dura, letras em tamanho confortável para a leitura, ótima diagramação e ilustrações lindas! A Suma de Letras caprichou muito para dar aos leitores e fãs de Wells um livro lindo e perfeito.
"Foi então, e apenas então, que ele captou algo do terrível poder daqueles monstros. Soube que não era apenas um punhado de criaturinhas rastejantes, mas mentes que controlavam vastos corpos mecânicos capazes de se deslocar rapidamente e desferir ataques tão letais que nem mesmo os canhões mais potentes resistiam a eles."
Como este é meu primeiro contato com algum livro do autor, não tenho o que reclamar. Gostei muito da narrativa descritiva, mas confesso que por diversas vezes, fiquei ansiosa para que o mesmo parasse de descrever tanto as cenas. Mas vendo como um todo, acredito que seja um ponto chave do livro: como o personagem descreve tudo nos mínimos detalhes, não perdemos nada, conseguimos imaginar os acontecimentos diante de nós.
Do mais. Só tenho a indicar a leitura. A Guerra dos Mundos entrou para minha lista de livros preferidos e, quando eu for assistir ao longa (novamente) tenho certeza que vou ficar dando pitacos e dizendo que o livro é melhor em diversas partes... Mal de leitor neh?
Espero que vocês leiam e gostem tanto quando eu. É uma história maravilhosa, que flui livremente por nossa imaginação e nos põe a pensar em como nós mesmos nos comportaríamos em uma invação alienígena... bem, é um caso a se pensar neh? rsrsrsrsrsr


Avaliação: 



Sobre o autor: 


Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells, foi um escritor britânico.
Nos seus primeiros romances, descritos, ao tempo, como "romances científicos", inventou uma série de temas que foram mais tarde aprofundados por outros escritores de ficção científica, e que entraram na cultura popular em trabalhos como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos. Outros romances, de natureza não fantástica, foram bem recebidos, sendo exemplos a sátira à publicidade Edwardiana Tono-Bungay e Kipps.
Visionário, chegou a discutir em obras do início do século XX questões ainda atuais, como a ameaça de guerra nuclear, o advento de Estado Mundial e a Ética na manipulação de animais.
Desde muito cedo na sua carreira, Wells sentiu que devia haver uma maneira melhor de organizar a sociedade, e escreveu alguns romances utópicos. Ele analisa a dicotomia entre a natureza e a educação e questiona a humanidade em livros como A Ilha do Dr. Moreau.
À medida que envelhecia, Wells foi-se tornando cada vez mais pessimista acerca do futuro da humanidade.


8 comentários:

  1. Olá, Ana.
    Já li o livro e gostei. É um clássico maravilhoso, apesar de em quesito de narrativa, ficar abaixo de alguns livros atuais. Contudo, se levarmos em consideração quando foi escrito, fica nítido que o autor era um visionário.
    Ótima resenha, como sempre.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de outubro. Serão dois vencedores, dividindo 5 livros.

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  2. Ana!
    Não li o livro ainda, embora pelo que vi em sua resenha, seja um tanto diferente do filme, que por sinal re-assisti essa semana na tv e assistirei quantas vezes passar, porque sou bem fã do filme e de ficção.
    Agora só me resta ler o livro.
    “Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta; não a solidez do músculo, mas o colo que acolhe.” (Rubem Alves)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de OUTUBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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  3. Quero muito ler esse livro, ainda mais nessa edição incrível. Eu já paquero ele há tempos, agora então... estou prestes ai ali naquele site mágico - Amorzon - e fazer um estrego... Não aguento quando a pessoa ainda mostra as imagens internas do livro gente... sou consumista demais!!!!

    Pandora
    O que tem na nossa estante

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  4. Nunca nem tinha ouvido falar sobre esse livro, e por incrível que pareça, nem do filme. Pelo jeito estou dentro da caverna, porque né?? Mas adorei saber que foi escrito uma ficção científica nessa época onde não era explorada, parece ser uma leitura incrível. A edição está mesmo uma coisa linda e vale super a pena comprar. Vou pesquisar preços agora mesmo.
    Um abraço!

    https://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/

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  5. Oi, Ana!
    Gosto muito desse gênero. Adorei o filme e tenho grande expectativa pelo livro. A capa é linda, não tem como não querer na estante. Realmente é um clássico! Adorei sua resenha, sendo muito explicativa. E me senti mais ansiosa para fazer a leitura. Obrigada. Beijos.

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  6. Deve ser bem interessante esse livro, gosto de historias com ETs, nunca tinha pensado nisso em como se alimentam fiquei curiosa em saber o que comem rs. Que bom saber que a linguagem é fácil, pois tenho o pé atrás com clássicos por causa disso.

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  7. é interessante saber que apesar de ser um clássico a linguagem é fácil,
    as vezes complica ler esses tipo de livro, pois como vc disse utiliza um liguajar que a gente não conhece
    não sabia que ele era o avô dos livros de ET, foi ele que o povo leu numa rádio e gerou pânico?

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  8. Mesmo que a história seja bacana, e o livro tenha uma narrativa incomum que traz uma experiência bacana, confesso que me interessei pela leitura. Não só pelo fato de não ter costuma de ler livros desse gênero, mas também pela forma como o autor conduz a trama, de maneira completa e não tão envolvente. Para quem gosta e uma boa indicação de leitura.

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