Resenha: Azul da Cor do Mar - Marina Carvalho

07 janeiro 2017

Edição: 1
Autor : Marina Carvalho.
Editora: Novo Conceito
Selo : Novas Páginas
ISBN: 9788581633732
Ano: 2014
Páginas: 334
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Sinopse:
ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão. 
Resenha:

Sinceramente, eu não sei qual é a formula, mas Marina Carvalho tem a mistura perfeita para prender o leitor do inicio ao fim da trama, e fim da historia. Diva brasileira do chick-lit, no nível Meg Cabot e Sophie Kinsella, podem acreditar. Exagero? Com certeza não!! Eu já tive o prazer de ler diversos livros da autora, incluindo Simplesmente Ana, Ele é uma Fera e Amor nos tempos do Ouro e fiquei apaixonada por todos, do inicio ao fim. Eu sou uma fã assumida, e já li e reli as obras diversas vezes, mas só agora resolvi criar a resenha para vocês.

Quando iniciamos a leitura “Azul da cor do Mar” somos apresentados a Rafaela Vilas Boas, uma estudante de jornalismo de 21 anos que possui três irmãos homens, além de tudo é a caçula entres eles. Ela divide seu tempo entre a faculdade, organizar a bagunça de dois dos irmãos que dividem apartamento com ela e as saídas com as três fieis amigas, Gisele, Alice e Sofia, que juntas formam um “squad” e tanto.
Ela é a queridinha de todos na faculdade, inclusive dos professores. Boa aluna, Rafaela sempre consegue o apoio de seus mestres. E isso fica claro quando ao se aproximar do final do curso, ela logo consegue uma entrevista em um dos melhores jornais da cidade, o “Folha de Minas”, por intermédio de um deles.
Mas o que era para ser o fim da angustia de Rafa, afinal, ela precisa do estagio para concluir o curso, acaba se tornando o seu tormento. Sim, ela consegue a vaga almejada, mas precisa que um jornalista experiente esteja disposto a instrui-la, e isso acaba se tornando tarefa de Bernardo Venturini, um dos melhores jornalista investigativos, premiado e extremamente bem visto dentro do Folha de Minas, e também um ser completamente arrogante e prepotente, que decide tornar a vida de Rafa um inferno assim que pousa seus olhos na garota e quem ela vai precisar seguir para todos os lugares e acatar suas ordens.
 “(...)Amigo! Pois sim. Eu preferia comer vidro a ter um amigo como Bernardo(..)”"(...)Se tratando daquele ser volúvel travestido de Clark Kent, sem os óculos e o cabelo preto, eu só esperava o pior(...)"
Mas apesar de ser intragável, a aparência de Bernardo é algo não passa despercebido, seu porte atlético, somado aos profundos os olhos azuis, são uma combinação quase irresistível para a maioria das mulheres. Mas para Rafa toda essa beleza tem um efeito contrario, que logo fica associado ao insuportável mal humor da beldade em questão. Sem contar, é claro, que Rafa possui um amor, alguém especial, mais exatamente um amor platônico que vem desde sua infância, quando conheceu um menino em suas ferias na casa de sua avó quando tinha apenas 11 anos.
É claro que isso é só um sonho para Rafa, afinal, ela não sabe nem o nome tal garoto, que sá onde ele se encontra. Mas isso não impede que ele habite os seus sonhos por mais de dez anos e que ela escreva sobre ele em seu diário todos os dias, se referindo apenas ao  "menino da mochila xadrez”. Este é o grande segredo de Rafa, o seu desejo oculto, nem mesmo suas amigas sabem sobre o tal menino.
"Foi nesse momento que seus olhos se ergueram e pararam nos meus. Eram azuis. Lindos. Abaixei a cabeça, com o rosto quente de vergonha. Quando voltei a erguê-la, o garoto da mochila xadrez já havia desaparecido do meu campo de visão.
Nunca mais voltei a vê-lo. Passei outras férias de verão em Iriri, mas jamais o encontrei novamente. Mesmo sem saber quem ele era, vivi os dez anos seguintes com aquela imagem da praia grudada em minha memória. Aquilo me marcou. Muito. Nem eu sei explicar porquê." 
Mas nem tudo no estagio é uma tortura, apesar de Bernardo se empenhar para isso. Em muito pouco tempo Rafa conquista a confiança da editora e dos colegas de trabalho, e também conhece Marcelo, um dos jornalista de esportes, que é tudo o que Bernardo não é: simpático, solicito e amigável, e que parece gostar de estar perto dela, em todos os momentos possíveis e máximo de tempo. Mas é Bernardo o seu calvário, tornando tudo mais em um tortura psicológica interminável. Só o que ambos não poderiam esperar é que apesar de não ter um bom relacionamento, acabariam por se tornar um time e tanto no trabalho, envolvidos em diversas matérias arriscadas e importantes, e com isso, obrigados a passar mais tempo ainda juntos.
"Senti o sangue ferver - na verdade, borbulhar - dentro das veias. Agora mais essa. Cria de Satanás era um elogio para Bernardo. Ele era o próprio Satã, camuflado com uma linda pele de cordeiro."
Como eu já falei, sou fã da autora, incondicionalmente, a única coisa que me incomoda um pouco, e não é só neste volume, acredito que seja uma característica da escrita da autora, é a tendencia dos personagens a atitudes extremas, sabe aquela velha expressão “fazer tempestade em copo d’agua”? Pois então, é isso que quase sempre acontece. Mas é uma opinião bastante particular e que não atrapalha em nada a leitura, tanto que todos os livros da Marina se tornaram meus favoritos.

Marina Carvalho é uma autora magnifica, ela possui uma escrita extremamente simples, mas também viciante. Ler seus livros é sinônimo de noite mal dormida, pois é certo que o leitor vai passar a noite envolvido na leitura e só vai sossegar quando virar a ultima pagina, é um fato!

Outro ponto extremamente agradável na leitura desta obra é o misto de emoções que ela desperta na gente. Eu, particularmente fui chamada de maluca por ficar gargalhando em publico durante a leitura.

 A construção dos personagens também é algo que faz com que o leitor de aproxime deles. Bernardo e Rafa são pessoas comuns, talvez você ate veja um pouco de sí mesmo neles, ou talvez lembre daquele amigo ou colega. São humanizados ao ponto de ao final, você sentir aquela sensação de cumplicidade e amizade, o que faz com que você sofra e vibre(ou tenha vontade de esganar, como é o caso do Bernardo) junto com eles durante todo o desenrolar da trama.

E sim, é uma obra clichê, o desenrolar é bastante previsível, apesar de guardar algumas surpresas para o leitor. É aquele livrinho fofinho para você ler de forma despretensiosa e aproveitar ao máximo dando boas risadas.
Assim como o conteúdo, a edição física é um primor, com uma capa super charmosa e meiga, uma ótima revisão, paginas amareladas e fonte agradável. Novo Conceito também mandou super bem e só agregou ao excelente trabalho da Marina.

Enfim, este é um livro perfeito para os fãs de um bom chick-lit e para quem está a procura de uma leitura leve e divertida, que é garantida pela descoordenada Rafaela Vilas Boas e pelo ego inflado do Bernardo Venturini.  

Sobre o autor:

Marina Carvalho nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais, conhecida como a terra da goiabada. Adora queijo, rock progressivo, pudim de leite condensado, café com pouco açúcar e filmes com finais felizes.
Ama ler, seja um bom livro policial, um chick-lit despretensioso ou o jornal do dia. Quando criança lia as revistinhas da Turma da Mônica, incentivada pela mãe, e ficava esperando ansiosamente pela chegada delas todos os meses. 
Formou-se em Jornalismo pela PUC-Minas e exerceu o cargo de assessora de comunicação de uma empresa por sete anos. Hoje é professora de língua portuguesa e literatura na Escola Nossa Senhora Auxiliadora. Mora em sua cidade natal com o marido e os dois filhos.

5 comentários:

  1. Geeh!
    Já pude ler esse e outros livros da autora e também sou fã dela com sua escrita envolvente e inteligente.
    Concordo com o excesso de dramaticidade que ela impõe as personagens, mas até esse pequeno exagero gosto porque torna o livro mais intenso em seus sentimentos.
    “O silêncio é de ouro e muitas vezes é resposta.” (Sabedoria popular)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de JANEIRO dos nacionais, livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!

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  2. O livro Simplesmente Ana esta esperando na estante para ser lido. É bastante tempo que a personagem fica pensando no tal garoto que viu na infância. apesar do romance ser clichê deve ser divertido e gostoso de ser lido, mesmo o personagem sendo intragável mas pelo visto é atraente rs.

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  3. Olá, Geeh.
    Realmente parece ser um romance bem clichê, mas hoje em dia quase todos são. Se consegue envolver o leitor e se é bem construído, está valendo.
    Ótima resenha.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de janeiro. Serão dois vencedores, dividindo 4 livros.

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  4. Sempre vejo resenhas desse livro, mas nunca crio coragem e compro um para mim. Esse ano vou tentar, ainda mais por ele ser um Chick Lit, assim leio ele de uma vez e completo mais uma etapa do Desafio dos CL.

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  5. Oi, Ana!!
    Nunca li nenhum livro da Marina Carvalho. Mais gostei bastante da história, mesmo sendo um romance um pouco clichê. Adorei a indicação.
    Beijoss

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