Resenha: Diário de uma Cúmplice - Mila Wander

06 fevereiro 2017


Edição: 1
Editora: Essência
ISBN: 9788542207460
Ano: 2016
Páginas: 336


Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Meu nome é Christine, ou pelo menos costumava ser. Professora numa escola infantil, eu levava uma vida bem normalzinha, meio sem graça, até que numa noite eu o vi. Começou com uma paquera descompromissada, daquelas que acontece quando você vê um cara gato do outro lado da rua. Ele me olhou, eu olhei pra ele e sorri. Esse joguinho de sedução poderia ter terminado num café, ou quem sabe em um namoro, se ele não tivesse se aproximado de mim e me apontado uma arma.
Não sei o que me deu para salvá-lo da polícia e abrigá-lo na minha casa. Burrice? Solidão? Não tinha a menor intenção de me tornar cúmplice de um criminoso. Mas seu olhar quente, sua fala mansa e sedutora me enlaçaram de tal forma que, de repente, eu me vi no meio de um turbilhão de acontecimentos. Agora, refém da paixão por aquele homem, só me restava relatar em um diário como fui me envolver mais de corpo do que de alma com a maior quadrilha do país.


Christine é uma jovem de 25 anos que leva uma vida tediosa e solitária. Perdeu seus pais aos 15 anos, mora sozinha, não tem namorado, conta somente com sua melhor e única, amiga Lessy.
No dia de seu aniversário, Lessy a presenteia com um diário, para que ela possa expressar seus sentimentos, suas dores e sofrimentos, contar sobre sua vida; mas com sua vida é muito sem graça o que ela teria para escrever?
“Seu diário
Eu não gosto de escrever em você. Ponto final. Não gosto e nunca vou gostar. Mas o que posso fazer se minha melhor amiga me presenteia justamente com um? Pior ainda, essa amiga (da onça!) diz na minha cara, como um recadinho nada sutil, que eu preciso urgente desabafar, e que devo usar suas páginas para isso.”
Mas sua vida muda no momento em que ela cruza com um desconhecido; um homem lindo, que chama a atenção de Christine logo de cara. Christine acredita que essa é uma simples paquera, nada de mais, já que não se relaciona com ninguém a algum tempo.
Christine em um momento de loucura, salva aquele homem e o abriga em sua casa, mesmo após ter uma arma apontada para sua cabeça. Não só o salvou, mas se apaixonou por ele. O homem em questão é Miguel - um lindo homem de olhos azuis. Um criminoso, mas encantador a seus olhos.
“Estava chegando em casa quando o vi e parei. Era simplesmente a perfeição em forma de homem. Nossa... Nunca tinha visto um cara tão bonito quanto aquele. Nunca mesmo. O meu bairro reúne a maior quantidade de homens velhos e feios do mundo, portanto aproveitei a paisagem como e quanto pude."
A história é narrada em primeira pessoa pela própria Christine, que descreve em detalhes em seu diário tudo o que se passa durante seus dias. Confesso que achei um tanto irracional o fato de Christine decidir fugir com um homem que a fez de refém. Mas... em ficção podemos tudo certo? Continuei minha leitura tentando não julgar muito as ações de Christine - coisa impossível de fazer!
Em seguida ela se encontra com os demais integrantes da quadrilha, descobre que é impossível se envolver com Miguel, mas decide ficar mesmo assim. A partir daí muita coisa acontece, missões a cumprir. Sua paixão por Miguel só aumentava e o envolvimento entre eles também.
“Miguel me puxou pela cintura. Meu corpo se chocou contra o dele com força, e soltei um meio gemido tanto de susto quanto de prazer. Seu corpo grande ficou ainda mais evidente para mim enquanto ele segurava com firmeza e continuava a me puxar como se quisesse que meu corpo atravessasse o dele.”
Consegui me prender à história mais pela curiosidade sobre a quadrilha do que por Christine; em alguns momentos o enredo fica meio parado, mas em grande parte é muito interessante, possui muitas aventuras e perigos. Os momentos de ação foram muito bem narrados, mas como se trata de um romance erótico, a autora poderia ter se apegado um pouco mais a isso.
A capa não condiz com o enredo, na minha opinião, o que me deixou um pouco decepcionada, já que a capa é algo que me chama a atenção em um livro. Entretanto, a diagramação e revisão estão impecáveis. O livro todo é em forma de diário mesmo e ficou lindo demais! Ao final de cada capítulo, encontramos duas armas cruzadas, o que deu um toque a mais para o livro.
O final também me decepcionou, não foi um bom desfecho para uma aventura tão bem narrada, esperava mais e acabei me decepcionando. Enfim, não é uma leitura ruim, indico sim, mas não vá com tanta sede ao pote. Desfrute da leitura sem maiores expectativas.


Avaliação: 


Sobre a autora: 



Mila Wander nasceu em Recife, onde mora atualmente com seu marido. Formada em Pedagogia pela UFPE, é professora do Ensino Fundamental. Apaixonada por literatura, começou a escrever por hobby. Empolgou-se com o ofício após a publicação de seu primeiro livro, Meu Conselheiro de Luz, em 2012, e, principalmente, por causa do sucesso proporcionado pelas ferramentas virtuais de autopublicação. Em 2014, seu romance erótico, O Safado do 105, lançado pela Editora Planeta, conquistou mais de 4 milhões de leituras na plataforma digital Wattpad, um feito para uma autora nacional. Além desses dois livros, ela também é autora de Dominados, publicado pela editora Qualis, e da famosa trilogia Despedida de Solteira, que é um dos maiores best-sellers da Amazon.




6 comentários:

  1. Ana, gosto de resenhas assim, que apontam o lado positivo e negativo do livro, mas sempre sendo críticas construtivas.
    Bom, ao julgar pela capa, para mim era uma história erótica do início ao fim, mas não é bem isso. Mesmo que a obra seja de ficção, acredito eu, que deve ter um laço com a realidade, qual seria a mulher em sã consciência que colocaria um criminoso dentro de sua casa? Bom, pelo menos eu não kk. Mas com certeza daria uma chance à esse livro pela curiosidade em si, já que acho bem interessante os livros em forma de diário, acho que assim conseguiria mergulhar do consciente da Christine e entender o motivo pelo qual dela ter se envolvido tão profundamente com o Miguel.

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  2. Ana!
    A capa passou a impressão de ser um romance BDSM.
    Não entendi bem também esse lance dela se entregar a um 'bandido' que a sequestrou, mas é ficção, né?
    Se tem aventura e ação, já melhora um pouco.
    É uma daquelas leituras que temos de ler para conferir como tudo termina.
    Desejo uma semana alegre e feliz!
    “Um saber múltiplo não ensina a sabedoria.” (Heráclito)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de FEVEREIRO, livros + KIT DE MATERIAL ESCOLAR e 3 ganhadores, participem!

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  3. Nunca que eu pensaria que esse livro seria nesse estilo, quando bati o olho na capa pensei ser mais um do estilo "50 tons", achei diferente, estranho e até meio que interessante ela se apaixonar por quem à fez de refém (se não me engano tem um problema, "doença", algo assim, que faz a pessoa se apaixonar por quem a faz de refém).
    Fiquei com um pouco de vontade de ler ao livro, mas não é aqueles que se pensa "TENHO QUE COMPRA-LO PARA ONTEM", vou anotar na minha lista e quem sabe não o leio este ano.

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  4. adorei sua resenha, pois mesmo quando vc critica vc coloca de uma forma que serve de crescimento
    mas a questão dela se apaixonar pela pessoa que a sequestrou isso tb acontece na vida real, tanto que tem até nome: síndrome de escolmo.
    mas... isso não faz muito o meu estilo, não me deu aquela vontade de ler
    sabe aquela se eu ganhar eu leio, mas não dá vontade de ir atrás

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  5. Eu achei a Christine imprudente, como se mal conhece um cara e já o hospeda em sua casa, do jeito que as coisas estão eu hein rs. Para quem tinha uma vida parada agora a dela ficou bem agitada e cheia de aventuras. Que pena que o final deixa a desejar, pois poderia ter um grande final daqueles que surpreende o leitor.

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  6. Olá, Ana.
    Acho que não leria o livro, por três motivos: o primeiro é que eu não curto esse tipo de livro, mas isso você sabe. rs O segundo é que me parece bem inacreditável a atitude da protagonista e eu sou um amante da verossimilhança, mesmo na ficção. Por fim, eu posso estar errado, mas me pareceu uma romantização da violência. Entretanto, sobre esse aspecto eu só posso falar se ler, como não pretendo...
    De toda forma, gostei da sua resenha, mas não leria a obra.

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