Resenha: O Feitiço Azul - Richelle Mead

30 maio 2017

Edição: 1
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765367
Autor: Richelle Mead
Serie: Bloodlines – Livro 3
Titulo original: The Indigo Spell
Ano: 2014
Páginas: 416
Tradutor: Guilherme Miranda

Sinopse:
A atual missão da alquimista Sydney Sage fez com que ela revisse seus conceitos não só sobre os vampiros, mas também sobre a própria organização à qual pertence, responsável por esconder a existência dessas criaturas do resto da humanidade. Sydney acabou descobrindo um grupo dissidente que tinha muito em comum com os alquimistas, mas objetivos bem mais radicais. Certa de que seus superiores estão guardando segredos sobre essa facção paralela, ela contará com a ajuda do misterioso ex-alquimista Marcus Finch para tentar desvendá-los. Mas isso só será possível se ela conseguir escapar de uma ameaça ainda mais urgente; uma feiticeira cruel que suga a alma de jovens usuárias de magia. Enquanto isso, a garota luta contra os sentimentos cada vez mais fortes pelo rebelde vampiro Adrian Ivashkov. Há tabus e preconceitos milenares arraigados entre as duas raças, que representam um obstáculo enorme para esse relacionamento. Mas Adrian é persistente e é o único em quem ela confia para enfrentar as ameaças que se aproximam. Será que Sydney conseguirá se libertar do seu modo de vida e se render a esse romance?
"O Feitiço Azul" é o terceiro livro da serie "Bloodlines", precedido por "Laços de Sangue" e "O Lirio Dourado". Para ler as resenhas já publicadas aqui no blog, é só clicar nos títulos.


Resenha:
"E, honestamente, eu já tinha perdido tempo demais com dúvidas e jogos. A única coisa que você aprende por ter constantemente a sua vida colocada em perigo é que é melhor você não desperdiçá-la."
Após o desfecho de “O Lirio Dourado”, Sydney continua em sua missão para proteger a princesa Jill Dragomir, e para isso, se passa por irmã mais velha da mesma na escola Amberwood, no lugar mais ensolarado e remoto que conseguiram encontrar, para fugir não somente dos rebeldes que querem tirar a rainha Lissa Dragomir do poder, mas também dos temidos Strigois.

Mas, de uns tempos pra cá, Sydney vem questionando os dogmas dos alquimistas. Ela já não esta mais convicta de que todas as crenças nas quais foi bitolada desde criança, realmente fazem algum sentido. E isso inclui a aversão aos Moroi.
Tudo isso se deve ao constante convívio com o grupo, e principalmente com Adrian Ivashkov,  o sedutor Moroi usuário de espírito que possui uma ligação psíquica com Jill.

Atualmente Sydney vem quebrando outras regras também. Uma delas diz respeito a sua amizade com a sra. Terwilliger, que não é apenas a sua professora, e sim uma bruxa poderosa, que vê em Sydney um grande poder e a está iniciando na arte de magia, mesmo com sua grande relutância em abraçar esse poder.

Sydney não aceita muito bem o fato de humanos praticando magia, algo que sempre achou anti-natural e maligno, afinal, magia é parte do mundo dos vampiros, não do dela. Mas, quando a sra. Terwilliger lhe revela que sua irmã mais velha, Verônica,  outra bruxa poderosíssima, vem drenando a juventude e o poder de jovens bruxas, que assim como Sydney, são relutantes em aceitar o dom natural que existe nelas e não sabem se proteger de um ataque desta magnitude, a Alquimista aceita colocar em pratica o plano da professora; e as duas – junto de  Adrian- partem em uma missão para alertar todas as jovens sobre a presença de Verônica. Afinal, Sydney também está na mira da poderosa bruxa. Na verdade, ela é o alvo principal, já que é a protegida de Terwilliger.
“A verdade é que sou apenas uma menina diante de uma plateia, esperando perdão. Uma pessoa comum, como todo mundo, que só quer ser amada.”
Se vocês leram as outras resenhas que já publicadas aqui no blog, então sabem que eu tenho um pé atrás com essa serie. Eu amo a escrita de Richelle Mead, mas como sou fã incondicional de Vampire Academy - a qual considero a melhor serie (ever) -  isso me leva a fazer comparações. E entre Rose e Sydney existe um abismo bem grande. Enquanto VA é fogo ardente, Bloodlines é só uma faisquinha.

Ao ler essa serie, todos os três livros até então, eu sinto que a leitura não flui. São acontecimentos sem impacto suficiente para fazer o leitor avançar voraz para a próxima pagina. Grande parte disso se deve a Sydney, que é uma protagonista sem auto afirmação. Ela não sabe quem realmente é, e possui um conflito interno tão grande dentro dela, que a torna cansativa para o leitor.

Mas, devo frisar que neste volume houve um crescimento significativo neste sentido, da metade para o fim. Ao que parece , o final de “O Feitiço Azul” é uma espécie de encerramento de ciclo e de auto aceitação. O que me deu um novo animo para “Coração Ardente”.

Aqui vamos ver Sydney finalmente aceitando de os Alquimistas não são imparciais, e que os valores pregados por eles estão distorcidos.  Mas principalmente, aceitando que ela é um ser pensante que pode e deve viver pelas suas próprias crenças e valores, mesmo que isso vá contra a sua própria família.
Também vamos ver mais sobre o malfadado relacionamento dela com o Moroi Adrian.  Os dois possuíam uma relação de amizade e companheirismo, que foi gravemente abalada pela declaração de amor de Adrian, que está determinado a mostrar para ela que o relacionamento entre eles pode dar certo. Já Sydney está dividida, na verdade, apavorada, com os sentimentos que vem desenvolvendo por um vampiro.
"- Eu não sei. - Ele colocou um olhar introspectivo que foi inesperado e intrigante. - Você não é tanto uma causa perdida quanto ela. Quer dizer, com ela eu tinha que superar o seu amor profundo e épico com um senhor da guerra russo. Já quanto a você e eu, só tenho que superar centenas de anos de preconceitos profundamente arraigados e um tabu entre as duas raças. Fácil."
Como eu já falei, este volume, aparentemente, é um marco para Sydney. O fechamento do ciclo e o renascimento da personagem, baseado não mais em suas crenças, mas agora focado em suas certezas.

Neste volume também vamos ter a presença mais constante de alguns personagens secundários, como Trey, e o acréscimo de outros, que prometem muito mais para o próximo volume.

Enfim, este é o melhor livro da serie, até então. Apesar de começar lento, ele desenvolve melhor e nos mostra o crescimento da trama, que estava estagnada. Também foca mais na magia em si, principalmente na magia das bruxas, algo que vinha sendo negligenciado por Richelle.

De um modo geral, é um livro bom, que te prende. Principalmente pela escrita maravilhosa da autora, que é leve e simples.

Já sobre o livro físico, a Editora Seguinte vem fazendo um trabalho maravilhoso. A capa é muito bonita, bem melhor do que a edição americana, por sinal, e possui um efeito metálico diferenciado. A diagramação é bastante simples, mas de qualidade, com lírios dividindo os capítulos, paginas amareladas e fonte agradável para leitura.

Apesar das ressalvas, eu vos escrevo já com o próximo volume em mãos. Então, me aguardem, logo eu estou de volta!! MUAHAHAHA

Sobre o autor:

Richelle Mead é uma leitora voraz, fascinada por mitologia e folclore. Autora reconhecida tanto pelo público como pela crítica na área da fantasia urbana para adultos.
Autora da série bestseller, Vampire Academy, com fãs pelo mundo todo, e que ja ganhou honras da American Library Association.

8 comentários:

  1. Oi Geeh.
    Eu li a série Academia de Vampiros e adorei Confesso que estou louca para começar essa gostei de saber que apesar dos primeiros livros não ter se desenvolvido muito bem o ciclo se fechou nesse e ela finalmente aceitou o que ela era eu não gosto muito dessa enrolação mas estou disposta a dar uma chance para a série.
    Ansiosa demais.
    Bjs.

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  2. Oi, tudo bem?
    Não leio muito esse estilo de livros, mas quem sabe um dia eu dê uma chance a série. No momento, deixo passar a dica, por mais interessante que seja.
    Sua resenha está perfeita, parabéns!
    Beijos.

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  3. MUITO AMOR envolvido pela Richelle <3
    Sou fã dessa mulher e de suas histórias.
    E o que falar dessa série? Acho incrível. Sydney e Adrian é puro amor.
    E poder rever o Dinka e a Rose é bom demais da conta.
    Acho que ela construiu muito bem essa série também. Sou completamente apaixonada pelas duas. Sem comparações.
    Beijos,
    Caroline Garcia

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  4. Geeh!
    Devo concordar com você que Academia de VAmpiros é a melhor série entre outras tantas com o tema, na minha opinião e como não li nenhum dessa série ainda, não posso comparar.
    Mas ver que a personagem Sydney acaba aceitando sua condição e enfrentando os Alquimistas para um renascimento interior, torna o livro interessante.
    Desejo uma semana tranquila!
    “Uma pergunta prudente é metade da sabedoria.” (Francis Bacon)
    Cheirinhos
    Rudy

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  5. Oi, Geeh!!
    Vou confessar que ainda não li nenhum dos livros da Richelle Mead!! Pois é não sei que aconteceu mais acabei não lendo nada dessa autora.
    Bjos

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  6. Adorei a Academia de Vampiros e quando li esses li até esse também, ainda não tenho os outros invejinha branca de você que já tem em mãos (kkk) esperava o mesmo ritmo, mas esse é mais devagar, mas concordo nesse volume depois do meio deu uma guinada e parece que o próximo será bem melhor, estou depositando minhas fichas na reviravolta da sydney rs.

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  7. Olá. sempre ouço muitos elogios sobra a autora, que consegue criar um universo sobrenatural com muita destreza. Vejo que essa série é lenta e que temos de ter paciência para iniciá-la. Beijos.

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  8. eu só consegui ler um dos livros da richelle e simplesmente amei
    essa série (e o academia) está na minha lista a anos, mas ainda não tive tempo de ler.
    ainda bem q apesar de começar meio lento o livro recuperou o fôlego da série
    era um dos meus medos, já q são duas séries medianas.
    devia ter tirado foto das páginas fiquei curiosa para saber como é

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