Resenha: O Guia do Mochileiro das Galáxias - Douglas Adams

24 junho 2017

Editora: Sextante
ISBN: 9788599296943
Autor: Douglas Adams
Serie: O guia do Mochileiro das Galáxias – Livro 1
Titulo original: The Hitchhiker’s guide to the galaxy
Ano: 2010
Páginas: 160
Tradutor: Carlos Irineu da Costa e Paulo Fernando Henrique Britto

Sinopse:
Considerado um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica, O guia do mochileiro das galáxias vem encantando gerações de leitores ao redor do mundo com seu humor afiado. Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do mochileiro das galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais. Seu livro, que trata em última instância da busca do sentido da vida, não só diverte como também faz pensar.
Resenha:

Quem não conhece “O Guia do Mochileiros das Galaxias”, não é mesmo? Quem nunca ouviu falar no aclamado escritor Douglas Adams? Pois é, foi com esse pensamento que, ao limpar minha estante, o livro me chamou atenção. Porque não, não é mesmo?
Mas aqui está um clássico exemplar do tipo de leitura que faz com que eu me senta um Et, por ser a única que não curtiu. (Sem trocadinhos sobre o Et, ok?)

Eu iniciei a leitura acreditando estar apostando em uma ficção cientifica da melhor qualidade. É claro, que também estava ciente de que é um livro destinado ao publico infantil. Mas nada me preparou para o que encontrei: um livro fraco e pouco estruturado, repleto de um humor bem duvidoso.

A trama se inicia nas últimas horas de existência da terra, que está prestes a ser demolida por habitantes de um outro planeta para “melhorar” o acesso intergalático.
Os acontecimentos são narrador por Arthur Dent, um humano qualquer, que acidentalmente se tornou o melhor amigo de Ford Prefect, um suposto ator fracassado que na verdade é um ET, um mochileiro das Galaxias preso na terra de forma trágica por 15 anos, que veio ao planeta estudar os humanos e a Terra para o acréscimo de informações para o seu Guia.
Então, quando a terra esta prestes a ser demolida, Ford acaba salvando Arthur e o levando consigo para explorar as galáxias. E assim se inicia as desventuras dos amigos no espaço sideral, abordo da nave “Coração de Ouro”.
“Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido.”
Perca as esperanças se você estava esperando encontrar algo lógico, coerente e explicável. Aqui nada faz sentido. O autor não se prende ao lógico. A trama toda é bem sem “pé nem cabeça”.
Eu realmente não consegui encontrar o humor afiado prometido. Ao longo da leitura fica clara a sátira sobre a burocracia e o governo, mas o humor mesmo, é praticamente nulo.

Outro ponto que me incomodou bastante foi a incoerência de um livro voltado para o publico infantil conter tantas referências sobre ciência, física e astronomia. Eu, com os meus 26 anos de idade, me vi quase o tempo todo completamente perdida no meio de tantas informações sobre essas áreas. Acredito que eu (e quase todo mundo que se dispuser a ler a obra, tenho certeza) não tenha o conhecimento necessário para ler e compreender o humor de Douglas Adams. O que me leva a questionar o verdadeiro público alvo do autor, pois ao mesmo tempo que ele apela pra o “nonsense” característico para o público infantil, ele também extrapola no nível de informações acrescidas. É uma leitura frustrante. A trama não parece ter um objetivo lógico e muito menos um enredo previamente estruturado.
“Quem olha para o céu à noite está olhando para o infinito; a distância é incompreensível, portanto sem significado.”
Enfim, como eu já falei, eu realmente me sinto frustrada por ser uma das poucas pessoas a não apreciar a “genialidade” de Douglas Adams. Sabe aquela piadinha do facebook:  “Lê novamente, você leu errado”? Nunca fez tanto sentido.
Mas, como eu sou persistente, e as pessoas estão comentando que o segundo volume melhora (o que não deve ser muito difícil, considerando este aqui), logo teremos resenha do segundo volume também.

Sobre o livro físico eu não posso falar muito, estou lendo uma edição econômica. Mas, como sempre, revisão e diagramação da editora Sextante é de ótima qualidade.
Ah, e vale lembrar que a Editora lançou uma edição de capa dura, “O Guia Definitivo do Mochileiro das Galaxias”.  Fica a dica para quem gostou e quer ter essa edição de colecionador na estante.



O Restaurante no Fim do Universo (Livro 2) - Sinopse:
O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente "O Guia do Mochileiro das Galáxias", mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.
Sobre o autor:

Douglas Adams nasceu em Cambridge, Inglaterra, filho de Janet Adams e Christopher Douglas Adams. Seus pais tiveram outra filha juntos, Susan, que nasceu em março de 1955. Em 1957, seus pais se divorciaram e Douglas mudou-se para a casa dos avós maternos com a mãe e a irmã em Brentwood, Essex. A avó de Douglas mantinha em casa um refúgio oficial para animais machucados da RSPCA. O contato com os animais intensificou a febre dos fenos a e asma do jovem.
Christopher Adams casou-se novamente em julho de 1960 com Mary Judith. Deste casamento, Douglas teve uma meia-irmã, Heather. Janet casou-se novamente em 1964 com o veterinário Ron Thrift com quem teve mais dois filhos: Jane e James Thrift.
Adams faleceu em 11 de maio de 2001, aos 49 anos de idade, vítima de um ataque cardíaco.

3 comentários:

  1. Geeh!
    Não deve se sentir assim, pois cda livro nos atinge de uma forma.
    A verddade é que o livro aparentemente não tem sentido, mas é aí que está a genialidade do autor, na minha opinião, porque ele deixa nossa criatividade agir de várias formas, tentando fazer alguma ligação e viajando em sua originalidade...
    Arrisca sim o segundo livro, quem sabe aprecie mais?!...
    Boas festas juninas e bom final de semana!!!!
    “O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?” (Clarice Lispector)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JUNHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  2. Oi Geeh!
    A leitura dos livros não é pra todo mundo realmente. Tem gente que gosta e tem gente que não gosta.
    Sou louca pra ler a série é pretendo adquirir em capa dura (♡)
    Teve o dia do orgulho nerd e perdi a promoção de compra-lo, porém, antes tarde do que nunca.
    A história do livro realmente não é pra fazer sentido. É pro imaginário. A criança gosta de imaginar e geralmente ela imagina um mundo incrível. Acho que é um dos motivos de tanto sucesso da série do Douglas.
    Que pena que você não gostou desse :/ mas aguardo resenha do segundo volume :)

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  3. Tambem não curti essa leitura, achei estranho pois so leio elogios e fiquei curiosa em ler criei expectativas que não foram superadas, não entendi a leitura achei confusa sem sentido para mim e não quis ler o segundo.

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