Resenha: Pátria Chamada Amor - Márcia Rubim

05 julho 2017


Edição: 1
Editora: Amazon
ISBN: B0725X7PZ5
Ano: 2017
Páginas: 300
Skoob
Compre: E-book Kindle

Sinopse: A grande obstinação do capitão Christiano Vicenzo é chegar ao topo máximo da carreira, ou seja, ao generalato do Exército. Para alcançar a sua meta, precisa manter uma vida pessoal e profissional irretocável.Tudo começa a mudar quando ele serve em Niterói e conhece Nina, uma jovem com problemas sociais que ultrapassam – e muito – o que ele idealiza como protótipo de par perfeito. Fascinado pela garota, o militar decide arriscar no relacionamento, mas não imagina que, ao ser convocado para integrar a Missão de Paz no Haiti (MINUSTAH), terá sua história ao lado de Nina tragicamente desviada.
Inconformado com os caminhos que o destino escreveu para si, Christiano vai descobrir com o tempo que a maior batalha na reconquista do amor perdido talvez seja enfrentar as mágoas do passado e que a felicidade não segue regulamentos.
Um romance sensível e resistente ao tempo, que mostra que até mesmo para servir com dignidade à pátria é preciso que a pessoa por trás da farda esteja em paz com o coração.


Dois de ler os 5 primeiros capítulos para postar minhas Primeiras Impressões sobre a obra, fiquei muito curiosa para conferir o restante do livro. Assim, quando vi que o e-book estava com desconto na Amazon, não pensei duas vezes: comprei-o e, finalmente, terminei a leitura.

Adianto que, só terminei a leitura por se tratar de um livro da Marcia Rubim. Não sou fã de romances melodramáticos, e Pátria Chamada Amor não foge do gênero. Se fosse qualquer outro autor, eu teria parado nos 5 primeiros capítulos e esquecido completamente a história. Mas, em se tratando da autora, eu sabia que me arrependeria se não lesse todo o livro. Márcia tem um carisma que contagia, suas histórias são maravilhosas e cheias de significados. A série Adeus à Humanidade é a prova disso, só que lá, o romance é misturado a fantasia e, neste livro, não. 
"Nina era meu calcanhar de Aquiles, a fraqueza que me fortalecia, a perdição da qual não queria ser encontrado."
Como disse no post das primeiras impressões, o começo é bem clichê: típico mocinho que se acha e está fechado para o amor encontra a mocinha que também não está afim de romance e ambos se apaixonam perdidamente!
O mocinho em questão é Christiano Vicenzo. Um miliar em ascensão turrão, orgulhoso e infantil. Por diversas vezes imaginei estar lendo um livro infanto juvenil, tamanha era a infantilidade desses dois. Sim, a mocinha, Nina, também não ajudou. Apesar de ser muito mais madura, por diversas vezes senti raiva dela pela situação que ela se deixava viver com seu pai.

Nina é uma moça dedicada e sensível. Faz faculdade de medicina e almeja ter uma vida melhor. Não vou falar muito sobre os problemas que vivenciou com seu pai, pois só lendo para vocês entenderem, mas adianto que a vida dela não foi fácil. 
Assim, a primeira parte do livro vai seguindo, entre brigas, ciúmes, maus entendidos e diversas outras coisas que um casal normal, conversaria para tentar resolver, ainda mais com tão pouco tempo de relacionamento, mas quem disse que as coisas são fáceis assim, neh? 
"- Dá raiva enxergar como o orgulho é capaz de cegar alguém tão inteligente. Abra os olhos, Christiano. Não desperdice mais onze anos da sua vida."
A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Christiano e Nina, com capítulos intercalados entre eles. Ambos contam sobre sua vida e o sentimento que surge entre eles. Não sou fã de relacionamentos que acontecem do nada, como sempre falo aqui no blog, gosto do desenvolvimento, da descoberta; o que, infelizmente, não acontece aqui, mesmo com a recusa inicial de Nina.
A segunda parte do livro, passados 11 anos, foi o melhor de todo o livro. Nele encontramos os personagens mais maduros e coerentes. Nina aprendeu a se impor e, mesmo ainda amando Christiano não se deixou abater facilmente. Christiano por outro lado, ainda mostrava um pouco de sua infantilidade, mas uma hora tinha que aprender a ouvir, senão o livro nunca teria fim! rsrsrs
"Fechei os olhos ao ouvir aquela frase. Ela sempre vinha após a vida me ferir de alguma forma. Sempre, para confirmar a equação dilacerante que aprendi desde garota: eu te amo = dor."
Houve muita pesquisa por parte da autora para a criação do enredo. Jargões militares, áreas médicas, a missão no Haiti... tudo muito bem escrito e composto na medida certa para encantar o leitor durante a leitura. Claro que me emocionei! Não seria eu se não tivesse chorado nem que seja um pouquinho durante a leitura. Mas confesso que o final me pegou de surpresa... imaginei um final totalmente diferente e que me faria derramar mais lágrimas, mas não aconteceu... o final foi previsível. 

Do mais, só posso indicar! Para aqueles que gostam de um romance meloso, dramático e cheio de dados reais que nos transportam para a vivência da realidade, super indico a leitura. A escrita da autora é gostosa e pouco descritiva, sofremos mais com a "sofrência" dos personagens mesmo, temos vontade de entrar no livro e dar uma boa sacudida neles para acordá-los. 


Avaliação: 



Sobre a autora:



Marcia Rubim é odontóloga e pós-graduada em odontogeriatria pela UFF, Niterói/RJ, sua cidade natal.
Dotada de múltiplos talentos no campo artístico — como a pintura, o desenho e o canto —, sempre adorou ler romances e histórias sobrenaturais. A paixão pela escrita veio mais tarde, e tornou-se um verdadeiro vício.
Adeus à Humanidade é o primeiro livro de uma série que Marcia deseja colocar na cabeceira de todos os amantes da boa leitura pelo mundo afora.










8 comentários:

  1. Oi Ana!
    Pra ser bem sincera, eu não gostei :/
    Já deixei de ler esses livros com mocinhas e mocinhos cheios de besteira e melodramáticos. Quando eu encontro um, paro na hora.
    A única coisa que eu gostei foi o cenário e os dados que a autora teve o cuidado de colocar, mas fora isso sinto que não vou gostar.
    Mesmo assim obg pela indicação!
    Abc

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  2. Oii Ana!
    Como você disse, se não conhecesse a autora, teria parado de ler. No meu caso, eu nunca li nada dela, então provavelmente pararia. Gosto de drama mas considerando o contexto, e nesse caso não me convenceu. A infantilidade e o repentino amor entre os dois iria me irritar muito. Além de que, não gosto muito de livros que se passam sei lá quantos anos e o casal que foi dramaticamente separado se reencontra. Depois de um tempo, descobrem que ainda amam um ao outro, voltam a ficar juntos e vivem felizes para sempre. Infelizmente, acho que não é pra mim :/ Mas fico feliz que gostou!
    Ótimas leituras pra você!
    Beijos :)

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  3. Oi Ana Paula! Que bom que você resolveu conferir o restante do livro! Valeu pelo carinho! Bjs no core! <3

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  4. Ana!
    Gosto muito de romances do tipo meloso, com drama, com passagem de tempo e onde mostra o ponto de vista dos dois protagonistas e aqui ainda tem o diferencial da autora se utilizar de fatos reais e jargões das profissões, deve ser ótimo.
    “Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.” (Paulo Freire)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JULHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  5. Porque livros como esse não são publicados? Tive muito interesse de ler o livro, e conhecer melhor a estória, porém ultimamente tenho tido problemas em ler neste tipo de plataforma, mas enfim, gostei do fato da autora ter pesquisado sobre o tema e trazer ao leitor uma trama bem desenvolvida, com uma base de realidade. Outro ponto que você citou, também não curto muito romances que acontecem do nada prefiro aqueles que vão sendo descobertos no decorrer da trama, porém ainda quero ler esta obra.

    Participe do TOP COMENTARISTA de Julho, para participar e concorrer aos livros "O Casal que mora ao lado" e "Paris para um e outros contos".
    http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/

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  6. Bom eu gosto muito de livros de romances, mas não curto muito romances melodramático, e histórias clichês, como aparenta ser este livro, então por este motivo acabei não me interessando em ler ele no momento, mas quem sabe futuramente eu leia.

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  7. Não tenha muita paciência com romances melosos e nem personagens infantis, imaturos e nem gosto de romances instantâneos assim como você gosto que surge aos poucos, mas gosto de um bom drama, então tenho dúvidas se leria a obra, se já conhecesse a autora como você quem sabe.

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  8. oie
    amo romance entao acho que vou ler haha mais se eu ver que e muito muito meloso como diz eu abandono, mais para frente vou dar uma lidinha
    beijos

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