Resenha: It: A Coisa - Stephen King

11 setembro 2017


Edição: 1
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788560280940
Ano: 2014
Páginas: 1103
Tradutor: Regiane Winarski


Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em 'It - A Coisa', clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.


"Seja verdadeiro, seja corajoso, enfrente. Todo o resto é escuridão."
Gente, leiam a sinopse acima para vocês saberem um pouco sobre a história ta? Se eu for fazer um "breve" resumo aqui, acho que vou ficar o dia todo! rsrsrsrsrs
It, a Coisa foi uma mega surpresa para mim. Eu tenho horror a palhaços, por este motivo, evitei o quanto pude essa obra. Mas, com o filme chegando as telonas, não pude deixar de conferir se It era mesmo tudo aquilo que falavam. E claro, não me arrependi! It, a Coisa é um clássico por diversos motivos, vários deles vou citar aqui nessa resenha, no entanto, tenho certeza que ainda me faltarão elogios para essa obra!

Eu tenho pavor de filmes/livros de terror/horror que contém crianças como protagonistas. Motivo? Bem, SÃO CRIANÇAS!!!! Bate aquele desespero sabe? Você quer ajudá-los mas não pode... Neste livro não foi diferente, meu coração passou a maior parte da leitura acelerado e clamando para que alguém ajudasse aquelas crianças não somente com A Coisa que eles estavam enfrentando, mas também com Henry Bowers, um merdinha que perseguia Os Otários.
"- E-E-Era o p-palhaço - disse ele. - E-Era o p-palhaço fingindo ser Gi-Gi-George.
- Isso mesmo - disse Richie. - Assim como era o palhaço fingindo ser a múmia quando Ben viu. Como era o palhaço fingindo ser o mendigo doente quando Eddie viu.
- O Le-le-leproso.
- Isso.
- Mas é m-mesmo um p-p-palhaço?
- É um monstro - disse Richie co voz séria. - Algum tipo de monstro. Algum tipo de monstro bem aqui em Derry. E está matando crianças."
Isso, Os Otários. Era assim que nosso grupo de heróis se chamavam enquanto eram crianças. Ao todo, sete crianças se juntaram para deter A Coisa que assola Derry e que matou o irmão mais novo de Bill, Georgie Denbrough. Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly completam o grupo e vão nos acompanhar nessa aventura arrebatadora e cheia de lições valiosíssimas para uma vida toda!
Não vou falar separadamente de cada um porque como são muitos, vou acabar prolongando demais essa resenha, mas acredite, cada  personagem é único e deixará você completamente apaixonado por sua história.
Apesar de serem jovens (em torno dos 12 anos), os diálogos são inteligentes e maduros. Claro que vamos encontrar algumas partes bem infantis, afinal, estamos falando de crianças aqui; vamos rir com eles e deles! Vamos acreditar em suas histórias como se fossem nossa, vamos sentir seus medos e acreditar junto com eles, que A Coisa pode ter um fim.

No decorrer da trama, vamos conhecendo mais sobre cada criança e no adulto que ele(a) se tornou. A narrativa varia entre primeira e terceira pessoa, o que não é ruim, pois nos ajuda a entender melhor diversas coisas. A história toda é intercalada entre passado e presente; vamos sabendo aos poucos como as crianças enfrentarem A Coisa em 1958 enquanto vamos acompanhando as crianças, agora adultos, voltarem para Derry em 1985 para tentar matar A Coisa de vez.
A Coisa é uma coisa mesmo... vamos conhecer sobre ela também, mas sua principal forma é a do palhaço Pennywise, é assim que ela atrai as crianças e as mata.
"Com esse alimento suculento, a Coisa existia em um ciclo simples de acordar para comer e dormir para sonhar. Ela criou um local em sua própria imagem, e olhava para esse lugar com carinho pelos postigos que eram seus olhos, Derry era seu abatedouro, as pessoas de Derry eram as ovelhas. As coisas seguiam em frente.
E então... essas crianças.
Uma coisa nova.
Pela primeira vez desde sempre."
A escrita do autor já me é conhecida e em momento nenhum deixei de apreciá-la. King é detalhista e gosta de descrever os lugares como ninguém. Em suas mais de 1000 páginas, It, a Coisa me deixou angustiada, assustada, horrorizada e, contrariando tudo o que podemos esperar de livros do gênero, com lágrimas nos olhos. Sim, Stephen King sabe ser sensível e completamente manipulador quando quer! rsrsrsrs

Amei a leitura desse livro e claro, tenho que indicá-lo! A edição da Suma de Letras está perfeita! Amo essa capa apesar de ter um medo danado dela! rsrsrsrs Não encontrei erros de revisão e a diagramação está simples, mas bem feita.
Não se deixe assustar pelo número de páginas, dentro dele você vai encontrar personagens incríveis que você nunca vai esquecer. Também vai encontrar problemas reais que nos seguem no dia-a-dia, amizade, amor, companheirismo e confiança. Cada personagem é único e você leitor, vai se identificar com pelo menos um deles! Volte a ser criança com Os Otários e enfrente A Coisa!
"Nem todos os barcos que saem velejando na escuridão nunca mais encontram o sol, ou a mão de outra criança; se a vida ensina alguma coisa, é que há tantos finais felizes que o homem que acredita que Deus não existe precisa questionar seriamente sua racionalidade."

Avaliação: 


Sobre o autor: 



Stephen King era um leitor fanático dos quadrinhos EC's horror comics incluindo Tales from the crypt, que estimulou seu amor pelo terror. Na escola, ele escrevia histórias baseadas nos filmes que assistia e as copiava com a ajuda de seu irmão David. King as vendia aos amigos, mas seus professores desaprovaram e o forçaram a parar.
De 1966 a 1971, Stephen estudou Inglês na Universidade do Maine em Orono, onde ele escrevia uma coluna intitulada "King's Garbage Truck" para o jornal estudantil, o Maine Campus. Ele conheceu Tabitha Spruce lá e se casaram em 1971. O período que passou no campus influenciou muito em suas histórias, e os trabalhos que ele aceitava para poder pagar pelos seus estudos inspiraram histórias como "The Mangler" e o romance "Roadwork" (como Richard Bachman).


Confira o trailer do filme abaixo:





7 comentários:

  1. Ainda não li esse livro, mas parece ser muito bom e divertido, pois se tratando de crianças não tem como não rir, mas deve mesmo dar vontade de estar com eles e ajudá-los. Assisti o novo filme e gostei muito se o Henry for um cretino como no filme é pra passar muita raiva, tinha vontade de dar uns tabefes nele pra ver se acorda pra vida kk.

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  2. Oi Ana Paula tudo bem?
    Eu quero muito ler este livro. Já ouvi tantos elogios sobre a obra, que sinto como se fosse o melhor livro do mundo rsrsr confesso que o tamanho dele me assusta um pouco, mas quando vale a pena a gente encara.
    Beijos

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  3. Stephen King realmente é um Rei, sabe como escrever uma boa historia! Sou apaixonada por esse livro, é simplesmente fantástico escrita, o modo que ele desenrola a historia, o modo como cria os personagens desse livro, o modo que ele escreve o tempo de crianças e o de adulto. É fantástico. Li alguns dias atrás e foi o terceiro livro do autor que eu li e amei. Quem não leu, lê porque vale muito a pena!
    Estou louca pra ir ao cinema e ver o filme.
    Beijos.

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  4. Ana!
    Coisas de leitor, não é mesmo? Na verdade os fãs mais acirrados gostam de qualquer livro escrito por King.
    Não tive coragem ainda de encarar IT, não pelo volume, porém pela falta de oportunidade mesmo... além do que assisti o filme e não gostei tanto quanto imaginava, então, fico protelando a leitura do livro.
    É como Misery... o começo foi bem arrastado também, embora melhore do meio para o fim, mas como tinha assistido o filme, achei até um tanto tedioso, acredita?
    “Inteligência não é não cometer erros, mas saber resolvê-los rapidamente.” (Bertolt Brecht)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  5. Quero muito ler esse livro, assisti o filme e amei! Também tenho um medinho de palhaços, mas por ser Stephen King supero esse medo, gosto bastante de livros de suspense ou terror que são contados por crianças, me lembra um pouco Stranger Things, enfim, não vejo a hora de finalmente poder ler esse livro, só estou esperando uma promoção.
    Beijos!

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  6. Vamos lá, quando eles vão se reunir 27 anos depois em 1985 porque a Coisa retornou, o Bill diz o nome do Pennywise várias vezes. Você lembra em algum momento do livro ele ouvindo esse nome?.
    Porque eu fiquei meio encucada com isso, como Bill sabe o nome dele se quando eles eram crianças eles chamavam de A Coisa ??

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    Respostas
    1. Oi Carolina!!!

      Ótima pergunta, pq eu não tinha me ligado nisso, agora que li seu comentários, fiquei encafifada! rsrsrsrsrs
      Bem, não lembro se ele ouviu o nome do Pennywise, mas o Mike, que fez toda aquela pesquisa sobre o palhaço, descobriu o nome dele depois de adulto. Pode ser que ele tenha falado para o Bill em algum momento que não foi narrado no livro, ou o mestre cometeu, enfim, uma gafe!
      Como não me lembro mesmo, não vou te responder com certeza, mas se eu, algum dia, chegar a lê-lo novamente, te procuro para debatermos!

      Obrigada pelo comentário!
      Bjo^^

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