Resenha: Os Cinco do Ciclo - Elias Flamel

24 março 2018


Edição: 1
Editora: Independente
ISBN: B075GZJBLR
Ano: 2017
Páginas: 556

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Sinopse: Yosef de Keltoi. Presenteado na infância, por uma de suas mães, com um tesouro de muitas páginas. Cresceu com pouco, encontrou o seu amor e ao lado dela teve que instigar uma revolução entre trabalhadores do campo. Sua vitória não foi perfeita, pois falhou contra os deuses que tanto venerava. Assim, o líder de uma vila pequena, e quase oculta entre os quatro cantos do mundo, vive o começo da sua velhice.
Não reclama de ter vivido muitos ciclos e é servo de um império que pintou de rubro nações que ousaram ser grandes. Sempre preocupado com o seu povo e com a sua família. Qual vem primeiro? É uma pergunta que necessita de tempo e páginas para ser respondida. Hitalo, o mais velho dos seus filhos, exige mais firmeza com os homens do campo. No auge da juventude, o divertido e criativo Yohan deseja provar para o seu pai que é um homem feito. Morgiana, companheira de luta, enxerga muito além do que os olhos podem ver e deseja alertar o seu amado Yosef a respeito de algo muito difícil de fugir.
Yosef parte para Numitor, sua viagem tem como destino a capital de todo o império, lar dos homens de togas brancas que praticam um culto conhecido pelas eras. E esses mesmos homens possuem legiões em seu poder. Era para ser somente mais uma viagem dos tributos, mas o homem comum ouve boatos que colocam em risco o seu lar, a sua cultura e as suas crenças. Uma ajuda é mais que necessária, mas aqueles que são os mais poderosos e dotados de uma sabedoria milenar começam a pedir socorro. Só Yosef, o líder, pode salvar o que tanto ama.
Ao tentar, é exposto o seu passado manchado, ele reencontra velhas amizades e conhece desejos guardados dentro do peito de um dos seus filhos. Sua vontade de ter o que tanto deseja fará Yosef se embrenhar pelas ruas do império. Será preciso conviver com ladrões, fardados de rubro, uma sociedade que ama a prata e o ouro e terá de lutar até mesmo contra a fúria da natureza.


Em um vilarejo chamado Keltoi iremos conhecer Yosef e sua família. Sendo o líder desse vilarejo ele é bem acolhido pelo povo por ser um líder bondoso e justo. Em Keltoi se cultiva a cevada onde boa parte da colheita é destinada a cidade de Numitor que é dada como tributo ao império. Em uma dessas viajem para levar o tributo,  Yosef ouve relatos dos quais deixa-o apreensivo sobre o seu povo. Depois de retornar e celebrar o final da colheita ele decide expor suas preocupações a alguns membros do conselho, e é onde a jornada começa: Yosef precisa retornar ao império para pedir ajuda para seu povo.
“Hoje, prefiro olhar para os rostos e me deparar com dezenas de homens iguais a mim. Cada um traz o suor do seu povo para entregar a um desconhecido. “Pagamos com o que temos de mais precioso para ter o direito de viver”. Em todas as minhas visitas eu digo isto. Não me canso de dizer. Meus deuses não se cansam de ouvir?”
A princípio, quando li a sinopse, gostei da proposta e decidi embarcar nessa aventura. Mas acho que eu não estava pronta para ele, o livro tem vários pontos positivos e poucos negativos. Tem uma construção perfeita de personagens o autor mostrou-se detalhista quanto a sua obra (Muitas vezes pensei estar lendo um livro de poesia). Yosef é um verdadeiro líder pra sua vila e família e mesmo sendo um líder bom vemos que com o passar do tempo ele vai adquirindo mais conhecimento e evoluindo a cada página.
“Sei que a mudança acontece ciclo após ciclo, sei que as pessoas mudam. Todos dizem que ele já começou, mas ninguém me informa quais são as novas regras”
Vemos essa evolução também com seus filhos, todos em prol de manter seu pequeno vilarejo a salvo. Em alguns trecho do livro demorei um pouco a ler por achar meio arrastada a narrativa, acredito que em muitos momentos o excesso prejudica a leitura. Outro fator foi a quantidade de páginas que dificultou um pouco a leitura pra mim, achei extensivo e não pude aproveitar o que realmente estava sendo contado.
“— Para o preocupado homem, eu tenho o conforto: Fez a sua função como líder. Como realizei a minha como conselheiro. Destino nos controla, os deuses nos protegem e seguimos nossos ciclos.”
Como disse não estava preparada pra ele, futuramente relerei o livro pra tirar essa má impressão causada pela minha mente. No geral, eu gostei muito da progressão da trama e dos personagens. Um livro que tem um pouco de tudo: amor, aventura, poesia, dentre outros adjetivos. Do mais recomendo a leitura pra quem curte o gênero.









Sobre o autor: 


Sou um no meio de tantos. Nascido em São Paulo capital, 28 anos, formado em Design, pós-graduado em Escrita Criativa e Análise Literária. Publiquei o meu primeiro livro Kriguerkan como Wesley Nunes, por uma pequena editora chamada Biblioteca24Horas. Não sou um pokémon, mas a evolução na escrita e no contar histórias me fez adotar um novo nome, um pseudônimo, melhor dizendo.
Mesmo amadurecendo e tentando sempre ter mais intimidade com a escrita não abandonei as paixões e fantasias da infância, elas que moldaram minha personalidade.
Aficionado por mitologia, desde a grega até a africana. Vejo genialidade em Hamlet e no Batman. Por tanto tempo esperei, e confesso somente para os íntimos que ainda espero a carta de Hogwarts (no mundo bruxo existe tanta coruja destrambelhada!). É difícil, quase impossível não se inspirar com O Senhor dos Anéis, porém não quero imitar esta obra e sim aprender com quem a escreveu. Se estou com dinheiro, compro tudo que tenha em alguma parte o nome Alan Moore. Já vivi Cem anos de Solidão e ela pouco melhorou quando conheci o Admirável Mundo Novo. Enquanto aguardo o novo livro das Crônicas de Gelo e Fogo conheci Patrick Rothfuss e a ansiedade logo duplicou. Desculpe pelo excesso de palavras, antes de ser autor, sou um leitor e são raras as vezes que consigo parar de falar.
Caso tenha chegado até esta linha, muito prazer! Sou Elias Flamel e a probabilidade de nos tornarmos amigos é muito grande, pois você já me conhece muito bem.


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