Edição: 1
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9788595810891
Ano: 2019
Páginas: 160
Tradutor: Mario Bresighello
Que garota especial! Foi só o que consegui pensar no final do livro.
Ela foi devolvida aos treze anos sem nenhuma explicação para seus pais biológicos; acostumada com uma vida tranquila, ela foi jogada em lugar carente, não só de condições financeiras mas carente de amor. Em seu novo lar ela teve que acostumar com novos irmãos, um pai e uma mãe que não pareciam se importar com nenhum dos filhos e a pobreza em que viviam. Teve que aprender a cuidar da casa e do irmão ainda bebê, sendo obrigada a fazer as a tarefas diárias, e a dividir a cama com Adriana, que ainda fazia xixi durante o sono. Mas ela ainda seria mandada para outro lar ao entrar no ensino médio, onde teria uma escola boa para seus estudos.
O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista. Em todo o momento me senti angustiada por ver uma garota tão nova passando por tamanho sofrimento, e se mantendo sempre firme e positiva.
O tempo todo ela se sente confusa em relação a seus sentimentos, a respeito dos pais e dos irmãos, entre eles Vicenzo o irmão mais velho, pois não tinham o laço fraterno. Acho que um ponto a ser discutido é o motivo pelo qual os pais adotivos a devolveram, não acredito que foi justificável a devolução da menina, mesmo porque eles sabiam das condições da outra família, e um filho não é algo que se devolve quando surge algum problema.
A autora fez algo que cada leitor vai perceber em um momento, trazendo sentimentos que só cada um saberá qual.
Essa foi uma leitura que me impactou demais, mesmo sendo um livro breve, com apenas 158 páginas, com certeza é um dos meus favoritos desse ano.
Sobre a autora:
Ela nasceu em Arsita , na província de Teramo . Ela então se mudou para estudar em L'Aquila onde, em 1986 , ela se formou em Odontologia na Universidade local . Durante muito tempo, ele reside em Penne , na província de Pescara , onde atua como dentista pediátrica.
Ela estreou em 2011 com o romance Minha mãe é um rio , situado na terra natal. No mesmo ano publicou a história Lo sfregio na revista Granta Italia di Rizzoli .
Em 2013 ela publicou seu segundo romance, Bella mia , dedicado e ambientado em Áquila . O trabalho, influenciado pela tragédia do terramoto de 2009 e incidiu sobre o tema da perda e do luto, foi indicado para o Prêmio Strega e ganhou o Prêmio Brancati em 2014.
Em 2017, ela publicou para Einaudi seu terceiro romance, L'Arminuta , também ambientado em Abruzzo ; o título é um termo dialetal traduzível em "o retorno". O livro explora o tema da relação mãe-filho em seus aspectos mais anômalos e patológicos. Em 2019 , do romance, foi produzido um espetáculo teatral produzido pelo Teatro Stabile d'Abruzzo
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9788595810891
Ano: 2019
Páginas: 160
Tradutor: Mario Bresighello
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Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Considerado um dos grandes romances da Itália, onde vendeu mais de 250 mil exemplares, com direitos negociados para mais de 25 países, e adaptações no teatro e no cinema, a autora Donatella Di Pietrantonio traz uma história sensível e emocionante.
Aos 13 anos, uma garota é levada do lar abastado onde vive para uma casa estranha e com pessoas que dizem ser seus pais e irmãos.
Na pequena cidade italiana todos conhecem sua história: ela é a criança que os pais naturais, pobres e de família numerosa, “deram” a um parente que não podia ter filhos e que este a devolveu quando a menina frequentava o ensino médio, não por maldade, mas porque a vida pode ser mais complexa do que imaginamos e nos força a fazer escolhas dolorosas.
Ela era a devolvida. Sentia-se como uma estrangeira na nova casa e, desde então, a palavra “mãe” travara em sua garganta. Privada até de um adeus por aqueles que sempre acreditou serem seus pais, ela se vê incrédula ao enfrentar o sofrimento de ser abandonada novamente de forma repentina.
“Minha vida anterior me distinguiu, me isolou na nova família. Quando voltei, falava outra língua e não sabia mais a quem pertencia”.
Forçada a crescer para reintegrar-se ao seu núcleo original, ela vive uma sensação de subtração, de gente esvaziada de significado, e nos ensina em meio à dor como encontrar sentido quando tudo parece desmoronar.
Que garota especial! Foi só o que consegui pensar no final do livro.
Ela foi devolvida aos treze anos sem nenhuma explicação para seus pais biológicos; acostumada com uma vida tranquila, ela foi jogada em lugar carente, não só de condições financeiras mas carente de amor. Em seu novo lar ela teve que acostumar com novos irmãos, um pai e uma mãe que não pareciam se importar com nenhum dos filhos e a pobreza em que viviam. Teve que aprender a cuidar da casa e do irmão ainda bebê, sendo obrigada a fazer as a tarefas diárias, e a dividir a cama com Adriana, que ainda fazia xixi durante o sono. Mas ela ainda seria mandada para outro lar ao entrar no ensino médio, onde teria uma escola boa para seus estudos.
"E nessas horas eu sentia que não tinha mais razão para existir no mundo. Repetia devagar a palavra "mãe'' uma cem vezes, até perder todo o sentido e se tornar apenas um movimento dos lábios. Eu fiquei órfã de duas mães vivas."Sem saber porque sua mãe e seu pai a devolveram, e porque os pais biológicos a tinham dado na infância, ela passa a se perguntar o que fizera de errado, sentindo não pertencer a lugar algum.
O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista. Em todo o momento me senti angustiada por ver uma garota tão nova passando por tamanho sofrimento, e se mantendo sempre firme e positiva.
O tempo todo ela se sente confusa em relação a seus sentimentos, a respeito dos pais e dos irmãos, entre eles Vicenzo o irmão mais velho, pois não tinham o laço fraterno. Acho que um ponto a ser discutido é o motivo pelo qual os pais adotivos a devolveram, não acredito que foi justificável a devolução da menina, mesmo porque eles sabiam das condições da outra família, e um filho não é algo que se devolve quando surge algum problema.
"...Neste ano, você também vem colher as azeitonas. Assim, vai aprender a ganhar o que come- disse, antes de começar a me bater na cabeça porque eu era culpada de todo aquele desastre.O livro mostra através da protagonista que, apesar de toda a maldade, dor e sofrimento, ainda podemos seguir em frente, quando temos um propósito, e alguém para nos dar a mão nos momentos em tudo parece desabar. Tem algo de genial no livro que eu só consegui perceber ao começar a resenha, algo que me fez pensar se eu me importei com a personagem realmente, o que fez com que eu me sentisse um pouco parecida com aquela mãe que a abandonou ainda criança, ou como a segunda que a devolveu anos depois; e isso me doeu.
Eu me protegia com as mãos sobre as orelhas e ela procurava espaços descobertos para bater e machucar."
A autora fez algo que cada leitor vai perceber em um momento, trazendo sentimentos que só cada um saberá qual.
Essa foi uma leitura que me impactou demais, mesmo sendo um livro breve, com apenas 158 páginas, com certeza é um dos meus favoritos desse ano.
Sobre a autora:
Ela nasceu em Arsita , na província de Teramo . Ela então se mudou para estudar em L'Aquila onde, em 1986 , ela se formou em Odontologia na Universidade local . Durante muito tempo, ele reside em Penne , na província de Pescara , onde atua como dentista pediátrica.
Ela estreou em 2011 com o romance Minha mãe é um rio , situado na terra natal. No mesmo ano publicou a história Lo sfregio na revista Granta Italia di Rizzoli .
Em 2013 ela publicou seu segundo romance, Bella mia , dedicado e ambientado em Áquila . O trabalho, influenciado pela tragédia do terramoto de 2009 e incidiu sobre o tema da perda e do luto, foi indicado para o Prêmio Strega e ganhou o Prêmio Brancati em 2014.
Em 2017, ela publicou para Einaudi seu terceiro romance, L'Arminuta , também ambientado em Abruzzo ; o título é um termo dialetal traduzível em "o retorno". O livro explora o tema da relação mãe-filho em seus aspectos mais anômalos e patológicos. Em 2019 , do romance, foi produzido um espetáculo teatral produzido pelo Teatro Stabile d'Abruzzo
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