Edição: 1
Editora: Companhia das Letras
ISBN: 9788535910391
Ano: 2007
Páginas: 496
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Fazia um bom tempo que eu não participava de uma leitura coletiva. Pois bem, resolvi participar dessa por ser contos e, melhor ainda, de Machado de Assis.
A Andréa do blog Fundo Falso, organizou essa LC e vamos ler os 50 contos em dois meses, junho e julho. Com a chegada da minha bebê, não sei se vou conseguir ler todos, mas vou tentar!
Não vou resenhar um por um, até porque alguns são bem curtinhos, mas os maiores, como este, vou trazer a resenha para vocês.
Essas questões surgem a todo o tempo durante a leitura e fazem o leitor divagar sobre elas. Mesmo em se tratando de um assunto sério, conseguimos sentir um pouco de divertimento com as proezas de Bacamarte. Não posso deixar de citar também, a reflexão crítica incrementada pelo autor perante a política: até onde o governo pode interferir na ciência? Coincidência com a realidade? Acredito que não.
Sobre o autor:
Joaquim Maria Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
Filho do operário Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis, perdeu a mãe muito cedo, pouco mais se conhecendo de sua infância e início da adolescência.
Sinopse: As crônicas de Itaguaí, contam que viveu ali em tempos remotos um certo médico o Dr. Simão Bacamarte, filho da nobreza do lugar e o maior dos médicos do Brasil, Portugal e Espanha. Com o fim de estudar a loucura, ele trancafia no asilo que construíra e dera o nome de Casa Verde, um quinto da população da vila. Para ele o normal seria algo homogêneo repetido ao infinito, qualquer pessoa com um gesto ou pensamento que fugisse a rotina era objeto de seus estudos. A população aterrorizada se revolta, e aí outros tantos passam a morar no asilo. Mas, Simão Bacamarte tão atento às estatísticas, lembra que a norma está sempre com a maioria, e que é esta afinal quem tem razão. Refaz a teoria, solta os recolhidos e sai ao encalço daqueles poucos que, possuíam coerência moral. Em pouco tempo ele cura a todos, ninguém mais possuía nobres sentimos morais. Só um.
Fazia um bom tempo que eu não participava de uma leitura coletiva. Pois bem, resolvi participar dessa por ser contos e, melhor ainda, de Machado de Assis.
A Andréa do blog Fundo Falso, organizou essa LC e vamos ler os 50 contos em dois meses, junho e julho. Com a chegada da minha bebê, não sei se vou conseguir ler todos, mas vou tentar!
Não vou resenhar um por um, até porque alguns são bem curtinhos, mas os maiores, como este, vou trazer a resenha para vocês.
"A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente."A sinopse é bem explicativa, então não vou me prolongar mais, por se tratar de um conto, vale a pena lê-lo e ir descobrindo suas partes mais impressionantes. O Alienista é um conto atemporal, saber que foi escrito a mais de 100 anos e, mesmo assim, continua fazendo sentindo em nossa época, torna a leitura mais prazerosa e educativa.
"Nada tenho que ver com a ciência; mas, se tantos homens em quem supomos sãoMachado tem uma escrita única. Por algumas vezes, me perdi e tive que voltar; como estou acostumada a ler literatura contemporânea, tive um pouco de dificuldade em acompanhar o enredo. Mesmo com a escrita rebuscada da época, o conto fluiu com naturalidade e leveza.
reclusos por dementes, quem nos afirma que o alienado não é o alienista?"
"Simão Bacamarte refletiu ainda um instante, e disse: - Suponho o espírito humano uma vasta concha, o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e insânia.“Dr. Bacamarte é um amante da ciência e busca, neste conto, fazer uma avaliação das faculdades mentais. Quem é realmente louco? Quem é realmente são? Quem nos afirma que o alienado não é o alienista?
Essas questões surgem a todo o tempo durante a leitura e fazem o leitor divagar sobre elas. Mesmo em se tratando de um assunto sério, conseguimos sentir um pouco de divertimento com as proezas de Bacamarte. Não posso deixar de citar também, a reflexão crítica incrementada pelo autor perante a política: até onde o governo pode interferir na ciência? Coincidência com a realidade? Acredito que não.
"Mas pode entrar no ânimo do governo eliminar a loucura? Não. E se o governo não a pode eliminar, está ao menos apto para discriminá-la, reconhecê-la?"Como um todo, indico sim a leitura. Ler Machado de Assis é sempre uma grande experiência. To ansiosa para conferir os demais contos, assim que surgir outro maior, venho aqui contar para vocês o que achei!
Sobre o autor:
Joaquim Maria Machado de Assis, jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da Cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras. Velho amigo e admirador de José de Alencar, que morrera cerca de vinte anos antes da fundação da ABL, era natural que Machado escolhesse o nome do autor de O Guarani para seu patrono. Ocupou por mais de dez anos a presidência da Academia, que passou a ser chamada também de Casa de Machado de Assis.
Filho do operário Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis, perdeu a mãe muito cedo, pouco mais se conhecendo de sua infância e início da adolescência.
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