Resenha: A Garota que tinha Medo - Breno Melo

26 julho 2015


Edição: 1
Editora: Chiado Editora
ISBN: 9789895123315
Ano: 2014
Páginas: 280

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Livro cedido pelo autor para resenha
Sinopse: Marina é uma jovem que faz tratamento para a síndrome do pânico. Às voltas com o ingresso na universidade, um novo romance e novas experiências, Marina tem seu primeiro ataque de pânico. Sua vida vira de cabeça para baixo no momento mais inapropriado possível e então psiquiatras e psicólogos entram em cena. Acompanhamos suas idas ao psiquiatra e ao psicólogo, o tratamento farmacológico e a psicoterapia. Ao mesmo tempo, conhecemos detalhes de sua vida amorosa e sexual, universitária e profissional, social e familiar na medida em que elas são marcadas pela síndrome. Um tema atual. Uma excelente obra tanto para conhecimento do quadro clínico como entretenimento, narrada com maestria e de uma sensibilidade notável.





Um livro que me surpreendeu, a princípio achei que não fosse gostar, por ser narrado na maior parte na primeira pessoa, porém, no decorrer da história, fui me identificando com a personagem. Apesar de se tratar de um assunto delicado, é um livro rico em detalhes e informações sobre o distúrbio do pânico.
O autor fez uma vasta pesquisa no assunto, por isso, não temos nenhum ponto falho no livro. Durante a leitura, pesquisei na internet sobre o que lia, e consegui encontrar tudo, então, nada do que você ler aqui, será somente ficção. A escrita do autor também ajudou para que o livro ficasse mais completo, a narrativa, mesmo em primeira pessoa, é gostosa e ágil. Sem momentos de enrolação.
“Eu amava ou tentava amá-lo. E ele tinha medo de mim. Mas do que nunca, eu receava perde-lo e o chamava de “meu tenro amor”
A personagem principal Marina, vai desenvolvendo o distúrbio do pânico a partir dos 19 anos, através de vários fatores. O livro aborda os problemas de relacionamentos com a mãe, a pressão nos estudos, drogas e decepções amorosas.
Apresenta de uma forma diferente a religiosidade, que algumas podem considerar inadequada, pois a personagem desenvolveu um medo de Deus, passando a ter medo de tudo.
“Fiquei sozinha, perdi a fome e não almocei. Ele teria realmente um compromisso? Pensei o pior, pensei em chifres e os chifres eram meus.”
Possui algumas partes picantes, mas não é o foco do livro; esclarece algumas situações em relação a sexualidade da personagem.
O autor consegue te colocar na sala do psicólogo onde todos os seus medos são confrontados, e isso foi o que mais me cativou no livro. A sensibilidade que ele escreve sobre o distúrbio e suas conseqüências, a forma que afeta a vida da personagem e das pessoas a sua volta.
“Controlar o furacão que são minhas crises? Impossível. Imagine uma pequena aldeia aos pés de uma represa. Um dia, essa represa se rompe e suas águas arrasam essa aldeiazinha. A represa que se rompe é um ataque de pânico. A aldeia sou eu.”
A capa é simples e com orelha. Páginas amarelas, divisores de capítulos e boa diagramação. Encontrei poucos erros de revisão, o que não prejudicou minha leitura. As letras são de tamanho confortável para a leitura.
Recomendo para todos que gostam de um bom romance, baseado em uma doença pouco conhecida. Quer sair da rotina? Este livro é para voce!


Avaliação: 


Sobre o autor: 


Breno Melo nasceu em 1980, na cidade do Rio de Janeiro. Foi indicado para Poeta do Ano pela Sociedade Internacional de Poetas mais de uma vez, em 2002, 2003 e 2004. Participou da antologia "The Best Poems and Poets of 2003", com o poema "Hazel Eyes", e da antologia "The Best Poems and Poets of 2004", com a composição "That Girl". Também foi selecionado para "The International Who's Who in Poetry", incrível obra mundial que conta com participantes de vinte e cinco nações ao redor do globo e reúne, segundo a Sociedade, os poetas mais interessantes que ela encontrou ao longo dos catorze anos anteriores.




10 comentários:

  1. Graça!
    Gosto de livros que abordam doenças psíquicas e o aspecto psicológico da personagem e das situações.
    E ainda tem o lado religioso, gostaria de ler para ver a abordagem dada.
    “Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.”(Friedrich Nietzsche)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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    Respostas
    1. Obrigada Rudinalva !
      Também gosto de livros assim.
      Muito bom mesmo

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  2. Sempre gosto de livros onde o autor demonstra possuir um domínio sobre o assunto abordado, misturando ficção e realidade. Isso dá uma maior força emocional ao livro.
    Excelente resenha.

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  3. Olá... eu curto muito a premissa desse livro, mesmo ele fugindo muito de minha zona de conforto, mas eu fiquei admirada com a história... e quero conhecer mais profundamente sobre essa síndrome, acho que o livro retrata bem e com mais profundidade... Xero!!!

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  4. Olá,
    Estou com esse livro aqui para ler, acho a premissa ótima e tenho curiosidade pela obra, sem falar do tema importante que ele trata. Espero ler em breve.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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  5. Oi, Graça!
    Nossa, o livro parece ser bem forte, e é esse o tipo de leitura que gosto. Gostei de saber que a narrativa é ágil e fluida.
    Ótima resenha! Bjo <3

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  6. Oiee
    Que bom que você gostou do livro,as vezes é bom uma leitura assim que mexe um pouco com o psicológico.Achei bem bacana do autor explorar essa síndrome no livro,já que muitas pessoas não entendem muito sobre ela.O desenvolver também parece agradar e se eu tiver a oportunidade vou lê-lo.
    Beijos

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  7. Oiiieee, tudo bom?
    Gostei muito da resenha, confesso que quando olhei para a capa e o titulo do livro eu o julguei hehehe, pensei logo, deve ser ruim esse livro, mas pelo visto eu estava enganada né, achei muito interessante o tema abordado no livro, e fico muito feliz que o autor teve a precoupação em fazer uma pesquisa para que tudo estivesse de acordo com a realidade, quem sabe mais para frente eu venha a dar uma chance ao livro.
    Beijos *-*

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  8. Não sei o que pensar dessa livro porque ainda não li histórias com esse tipo de enredo então estou meio que perdida se ira valer a pena a leitura ou não. Mas como você também não é acostumada a esse tipo de leitura e curtiu o livro talvez eu de uma chance a ele ^^ ótima resenha.

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