Edição: 1
Editora: Baraúna
ISBN: 9788543700977
Ano: 2014
Páginas: 268
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Livro cedido pela autora para resenha
Sinopse: Em 1996, Vida Sinclair, uma jovem escocesa criada na isolada comunidade de Old Valley, se vê sozinha no mundo quando seus pais adotivos são assassinados. Ela descobre através de Brianna, uma tia misteriosa, que foi adotada porque a mãe biológica, sua irmã Bonnibelle, foi dada como morta num trágico acidente de automóvel, e que seu pai biológico é um antropólogo de quem não se tem mais notícias desde que partiu para o Brasil, em meados de 1979, a fim de pesquisar a aldeia indígena Karipós, embrenhada na floresta amazônica. No entanto, ele e seu colega de pesquisa Lazarus Lefréve se deparam com a aldeia inamawá, dos índios invisíveis. Depois de sofrer queda de uma árvore, Gordon nunca mais é visto. Vida cresce, tem a sorte de conhecer o Professor Lefréve, torna-se antropóloga e, aos vinte e cinco anos de idade, empreende uma expedição para encontrar o pai. Mesmo atingindo seu objetivo, ela se sensibiliza com a situação da tribo ameaçada pela ação predatória de uma madeireira ilegal. Juntamente, com Blake, um colega de turma por quem sempre nutriu os antagônicos sentimentos de atração e intolerância; José Antônio, seu vizinho português que cria um plano para acabar com a extração ilegal de madeira; e Amana Inamawá, sua meia-irmã índia, Vida descobre que apesar das distâncias, as ações de todos nós afetam até mesmo quem vive em outro continente, pelo fato de tudo estar ligado numa rede invisível tecida pelos Criadores. Os quatro jovens aventureiros têm a chance única de conversar com o primeiro Criador. Segundo a lenda inamawá, há mais de um deus ou criador, incorporados às árvores das florestas, por isso são consideradas sagradas e devem ser preservadas. Estórias fabulosas, desencontros, encontros, romance, violência e conflitos sociais movimentam a vida de Vida Sinclair e dos demais personagens.
Resenha:
"Os índios sempre souberam viver com aquilo que a natureza lhes fornecia sem destruir nada. Das árvores, aproveitavam os frutos, suas folhas, o palmito, e não entendiam por que os homens brancos a alguns caboclos as derrubavam com suas motosserras ruidosas que se calavam apenas alguns poucos minutos à espera da queda"A sinopse do livro é bem explicada. Por isso, não vou falar muito sobre a história para não correr o risco de dar um spoiler!
Começarei dizendo que Metamorfose da Vida foi uma enorme surpresa para mim, apesar dos pontos negativos que comentarei mais para frente, creio que a autora tenha conseguido atingir seu intento: escrever um livro rico em conteúdo que descreve o que a floresta Amazônica sofre todos os dias.
A história não é ambientada totalmente no Brasil. Toda a história da protagonista é contada na Escócia. Depois que a mesma se forma na faculdade é que ela vêm para o Brasil atrás de seu pai. Vida é uma protagonista comum, não me fez odiá-la nem ficar completamente apaixonada por seu gênero. Algumas partes me deixaram com pena dela, em outras, senti que ela não sabia o que realmente queria.
"Na verdade, as pessoas têm medo de admitir que precisam da magia para viver. A magia está em tudo, não podemos negar isso."Um dos ponto negativos é exatamente este: durante minha leitura, Vida não passou de somente mais uma personagem. Ela não teve aquele foco total em sua história. Depois que Brianna a leva para sua casa, todos os dias passados resumem-se em conhecer a história de sua mãe e de sua tia, Brianna. Vida não encontra vontade própria. Sua única decisão é encontrar seu pai e como a história passa rapidamente, não consegui encontrar o amadurecimento necessário para a personagem embarcar na aventura que viria.
Dos demais personagens, destaco sua irmã Amana. Mesmo conhecendo pouco sobre ela, o leitor perceberá que ela tem uma evolução mais ampla e determinada.
O livro é escrito em terceira pessoa, com passagens em primeira pessoa quando um dos personagens conta as histórias de suas vidas. Não é focado somente em Vida, o que deixou o enredo mais completo. Conhecemos todos os personagens e o que os levaram a se encontrarem.
Creio que este seja o primeiro livro, pois me surpreendi com algumas revelações, e o final foi muito bem escrito, deixou aquele gostinho de quero mais, sabe?
"Coincidências não existem, minha querida. Você aprenderá que as coisas acontecem ou por acado ou por providência."Toda a pesquisa que a autora deve ter feito para este enredo, valeu cada minuto gasto. Encontramos uma qualidade maravilhosa de descrições da nossa floresta e dos índios. A história contada pela tribo Inamawá me deixou absorta durante a leitura. A autora também passa a mensagem da sustentabilidade e respeito pelo meio ambiente, o que gostei muito; tudo isso com um toque sobrenatural que deixará o leitor ávido por mais.
A capa é linda e condiz perfeitamente com o enredo apresentado. Possui boa diagramação, com folhas brancas e letras em tamanho confortável para a leitura. Encontrei poucos erros de revisão, o que não prejudicou minha leitura.
A escrita da autora é gostosa, mas a narrativa deixou a desejar. Não consegui encontrar familiaridade com os personagens, senti todos muito distantes. Outra coisa que me agradou, foi o romance que tarda a acontecer. Prezo muito quando o autor consegue passar tudo o que quer e só depois pensa em um par romântico, e foi justamente isso que aconteceu em Metamorfose da Vida.
Sem mais, indico sim a leitura deste livro. Venha adentrar nossa floresta amazônica e descobrir o que podemos fazer quando acreditamos no inimaginável!
Avaliação:
Sobre a autora:
Olá, Ana.
ResponderExcluirApesar dos pontos negativos, se o enredo se sustenta e a autora consegue seu objetivo, o livro merece receber uma chance.
Acho que os pontos apresentados me incomodariam um pouco. Porém, para ter certeza se gostaria ou não da obra, teria que ler o livro.
Ótima resenha.
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Oiee
ResponderExcluirGostei da história focar na Amazônia e essa coisa da tribo indígena.Fico imaginando mesmo a pesquisa que a autora fez pra escrever tal história.O livro não me cativou totalmente mas gostei dos pontos positivos que tu apresentou,além dessa capa que está muito linda.
beijos
Oiiieee, tudo bom?
ResponderExcluirGostei muito da resenha, eu ainda não tinha ouvido falar do livro, mas pelo visto ele é legal, ainda não li nada parecido, quem sabe eu venha a dar uma chance, apesar de que não vemos um amadurecimento da protagonista, creio que vale a pena ler só pela riqueza nas descrições da floresta Amazônica.
Beijos *-*
Nunca tinha ouvido falar do livro e admito que foi interessante ver o conteúdo que a autora tentou transmitir e que você ainda se surpreendeu com o livro, mas para ser sincera o livro não me chamou atenção e por isso vou passar essa leitura.
ResponderExcluirBeijos
Ana!
ResponderExcluirUauuuuuuuu!!
Adoro a Amazônia e com toda certeza entrarei para vivenciar junto as personagens míticas e fantasiosas que existem por lá, inclusive, vivenciar o romance ao lado doss protagonistas.
“A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.”(Mario Quintana)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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