Edição: 1
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9786586041385
Ano: 2020
O livro conta com um lindo prefacio de Daniel Munduruku, onde ele diz que as histórias indígenas devem ser lida com o coração, e realmente cada conto traz uma magia que só pode ser sentida com o coração.
Me senti uma criança novamente, lendo cada conto e me emocionado com cada história, isso sem falar em quanto conhecimento sobre a natureza adquiri, não aquele conhecimento cientifico, mas aquele de que conviveu em contato com a natureza. Alguns contos falam sobre um mesmo tema, mas cada um mostra uma visão diferente sobre o assunto, como exemplo o curupira, que conheci de uma maneira e aqui descobri várias versões desse mesmo personagem, tão corajoso e tão esperto também.
Devemos sempre saber de onde viemos e nunca esquecer a quem realmente pertence essa terra, mesmo que com o tempo o homem branco tenha tomado todo o direito e lugar dos verdadeiros povos pertencentes a esse território. Por isso essa leitura se faz tão necessária.
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9786586041385
Ano: 2020
Páginas: 176
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Livro cedido em parceria com a editora
Sinopse: Toda as histórias deste livro foram extraídas apenas de registros orais. São, portanto, inéditas do amplo trabalho de Ruth. Os contos resultaram de pesquisa de campo, no Médio Vale do Paraíba do Sul, estado de São Paulo, tendo como centro e pião a cidade de Cachoeira Paulista. E, dali, feitas coletas nas cidades vizinhas também, e no litoral. É, claro, vieram também de informantes de outros estados, com predominância de mineiros, donos de parte do Vale. A autora aproveitou cada reconto quando lhe foram apresentadas duas ou mais variantes, pois isso confirmava a sua aceitação, verdade e importância. Logo, tratou de escolher a variante mais elaborada, e com mais pormenores. Nada foi acrescentado, nada foi tirado, dos motivos básicos, da sequência, da filosofia. O que era moralizante continuou moralizante; todas as histórias permaneceram completamente isso mesmo que está aí. O que chega em suas mãos é um registro único, escrito por Ruth, que esteve cuidadosamente guardado por anos com seus filhos e que agora é oferecido à apreciação de todos.
Sabe todas aquelas histórias sobre a natureza, os animais e os seres mágicos que ouvimos na infância? A autora Ruth Guimarães conseguiu reunir neste livro vários destes contos incríveis, para isso ela ouviu pessoas em várias localidades, adicionando um pouco de conhecimento de cada povo.
O livro conta com um lindo prefacio de Daniel Munduruku, onde ele diz que as histórias indígenas devem ser lida com o coração, e realmente cada conto traz uma magia que só pode ser sentida com o coração.
"Que conheciam os índios? O sol, a noite, o rio, o macaco, a preá, a onça. Que queriam eles? Viver. Além do comer, do beber, do reproduzir-se, queriam também saber quem os tinham feito. Que faziam eles neste mundo."O livro traz antes dos contos um mapeamento da região, onde mostra vários aspectos indígenas que carregamos até hoje, e que não deve ser perdida. A autora fala sobre culinária, artesanato, entre vários outros conhecimentos que adquirimos dos índios, como um prato muito conhecido no Vale do Paraíba, (moro em São José dos Campos) que é o içá, cresci vendo meu irmão comer içá, aqui era muito comum. Então ler sobre coisas que já ouvi, que já conheci na minha cidade foi muito acolhedor.
"As história indígenas devem ser lidas com o coração. A cabeça não consegue chegar onde os sentimentos chegam. A cabeça costuma fazer juízos de valor; o coração apenas sente porque se abre ao mistério de existir."Os contos narrados neste livro são repletos de sabedoria, onde através de histórias da floresta podemos aprender com quem nunca se importou com nada além de cuidar do planeta e da vida existente nele.
Me senti uma criança novamente, lendo cada conto e me emocionado com cada história, isso sem falar em quanto conhecimento sobre a natureza adquiri, não aquele conhecimento cientifico, mas aquele de que conviveu em contato com a natureza. Alguns contos falam sobre um mesmo tema, mas cada um mostra uma visão diferente sobre o assunto, como exemplo o curupira, que conheci de uma maneira e aqui descobri várias versões desse mesmo personagem, tão corajoso e tão esperto também.
Devemos sempre saber de onde viemos e nunca esquecer a quem realmente pertence essa terra, mesmo que com o tempo o homem branco tenha tomado todo o direito e lugar dos verdadeiros povos pertencentes a esse território. Por isso essa leitura se faz tão necessária.
"E foi um dia, o outro andava com um carrinho pelos caminhos, e escutou um trote. Passou uma espécie de animal estranho de pés com a ponta para trás, e nas pegadas dele um mundaréu de bichos, todos correndo e barulhando."
A edição da Faro sempre surpreende, e desta vez não foi diferente: a capa é chamativa, a diagramação é perfeita. A divisão de capítulos conta com imagens tribais incríveis, deixando a edição ainda mais incrível.
Sobre a autora:
RUTH GUIMARÃES, romancista, contista e tradutora, foi especialista em folclore. Passou a infância numa fazenda que o pai administrava, no sul de Minas Gerais. Brincava com os filhos dos trabalhadores e deles ouviu causos, fábulas, histórias de príncipes, histórias de assombração. Ela diria, mais tarde, que as histórias de lobisomens, de mulas sem cabeça, bruxas e toda a corte demoníaca, povoavam a sua memória. Para se libertar desse medo, começou a reunir todas as histórias que ouviu. Aos 20 anos, já morando em São Paulo, mostrou seu trabalho a Mário de Andrade, que a orientou por alguns anos sobre as técnicas de pesquisa folclórica. Esse importante livro, Filhos do medo, foi lançado em 1950. Ruth Guimarães publicou, ao longo dos seus 93 anos de vida, 51 livros, entre os quais oito voltados para histórias recolhidas da tradição oral. Ocupou a cadeira 22 da Academia Paulista de Letras.
RUTH GUIMARÃES, romancista, contista e tradutora, foi especialista em folclore. Passou a infância numa fazenda que o pai administrava, no sul de Minas Gerais. Brincava com os filhos dos trabalhadores e deles ouviu causos, fábulas, histórias de príncipes, histórias de assombração. Ela diria, mais tarde, que as histórias de lobisomens, de mulas sem cabeça, bruxas e toda a corte demoníaca, povoavam a sua memória. Para se libertar desse medo, começou a reunir todas as histórias que ouviu. Aos 20 anos, já morando em São Paulo, mostrou seu trabalho a Mário de Andrade, que a orientou por alguns anos sobre as técnicas de pesquisa folclórica. Esse importante livro, Filhos do medo, foi lançado em 1950. Ruth Guimarães publicou, ao longo dos seus 93 anos de vida, 51 livros, entre os quais oito voltados para histórias recolhidas da tradição oral. Ocupou a cadeira 22 da Academia Paulista de Letras.
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